13º CONGRESSO ALENTEJO XXI – SEMEANDO NOVOS RUMOS!
É com a nova designação de “CONGRESSO ALENTEJO XXI – Semeando Novos Rumos!” e sob o lema “Alentejo – Região Portuguesa e Europeia: Os desafios da globalização e do desenvolvimento” que os cerca de 1000 congressistas inscritos, o maior número de sempre, rumaram a Montemor o Novo nos dias 14 e 15 de Fevereiro de 2004 para dar corpo ao que, em rigor, foi o 13º Congresso sobre o Alentejo.
Foi o culminar de um ano de intenso trabalho desenvolvido em duas frentes convergentes.
Por um lado o trabalho desenvolvido no plano unitário e institucional no sentido de responder a todas as questões que sistematicamente eram invocadas, nomeadamente pelos responsáveis da Federação de Beja do PS para fugir aos debates, sobretudo em matéria de regionalização, e ao mesmo tempo procurar dar continuidade prática às ideias avançadas no 12º Congresso, em Monforte, sobre a pertinente questão do modelo e funcionamento dos Congressos.
Por outro lado o trabalho político desenvolvido pela DRA do PCP, junto das Federações do PS e das Comissões Políticas do PSD de Portalegre, Évora e Beja, primeiro através de reuniões bilaterais e depois reunindo por sua iniciativa os representantes de todas as estruturas, no sentido de discutir os problemas do Alentejo e procurar pontos de convergência possíveis entre as principais forças políticas com representação institucional no Alentejo ou em representação deste designadamente na Assembleia da República.
Vale a pena sublinhar que, solicitados durante mais de um ano, quer no quadro das reuniões do Secretariado quer nas reuniões entre partidos, a avançar propostas concretas para ultrapassar as críticas que sistematicamente faziam aos Congressos anteriores nenhuma proposta concreta avançaram resultando as alterações introduzidas de propostas feitas precisamente por aqueles que sempre criticavam: os comunistas.
Como vale a pena sublinhar a tentativa de última hora de Luís Pita Ameixa, Presidente da Federação de Beja do PS no sentido do adiamento do 13º Congresso por mais um tempo depois de assumido por todos o compromisso da sua realização em Fevereiro de 2004, ou seja, com um ano de atraso em relação ao calendário previsto, precisamente para que todos pudessem refletir maduramente sobre os objectivos, o funcionamento e a estrutura necessária para assegurar a realização dos Congressos sobre o Alentejo.
A Federação de Beja do PS, em articulação com as suas congéneres, seria aliás useira e vezeira a recorrer a estratagemas e desculpas de mau pagador para fugir a todo e qualquer compromisso que pudesse pôr em causa a estratégia da Direcção do PS de inviabilizar por todos os meios qualquer solução que envolvesse a unidade do Alentejo.
O PS foi sempre perito na arte de fazer o mal e a caramunha...
No Ponto 3 da Resolução Política aprovada no 11º Encontro Regional de Quadros do Alentejo do PCP, realizado a 7.12.2003 pode ler-se:
“13º CONGRESSO SOBRE O ALENTEJO
UNIR VONTADES EM DEFESA DO ALENTEJO
Os participantes no 11º ERQA saúdam a decisão do Secretariado do Congresso sobre o Alentejo de convocar para os dias 14 e 15 de Fevereiro o 13º Congresso sobre o Alentejo bem como a ampla unidade que se tem vindo a construir em torno do mesmo.
A gravíssima situação que a nossa Região atravessa exige da parte de todos e de cada um o maior esforço e empenho para que o 13º Congresso seja um amplo espaço de debate e reflexão colectiva, um ponto de encontro de todos os que desejam o progresso e o desenvolvimento do Alentejo, um momento de afirmação de vontade e de aproximação para construir os consensos necessários que permitam ao Alentejo, no respeito pela sua diversidade e pluralidade, falar a uma só voz em defesa do essencial.
Os comunistas assumem, publicamente, perante o povo alentejano, o solene compromisso de tudo fazer para que assim seja e deixam aos restantes partidos, com responsabilidades na região, o desafio para que assumam publicamente igual compromisso.”
Claro que o desafio ficou sem resposta. Como sem resposta ficaram mais uma vez, por parte do poder central totalitário, os caminhos do desenvolvimento preconizados pelo 13º Congresso sobre o Alentejo, quer em matéria de planeamento e investimento estratégico quer em matéria de descentralização.
