30 DE JANEIRO DE 2022 FAZER DAS ELEIÇÕES FORÇADAS UMA OPORTUNIDADE…

28 de outubro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

ELEIÇÕES ANTECIPADAS NÃO SÃO O FIM DO MUNDO NEM RAZÃO PARA DESESPEROS E DRAMATIZAÇÕES. NADA NA SITUAÇÃO ACTUAL O JUSTIFICA E ESSA É A PRIMEIRA QUESTÃO QUE IMPORTA TER PRESENTE.

Em vez de gastarmos as nossas energias em polémicas estéreis sobre saber se o voto do PCP devia ser contra, a favor ou de abstenção, concentremo-nos no essencial.

E o essencial é que, da consulta democrática ao Povo Português que se perspectiva, resulte, por um lado, uma inequívoca e expressiva derrota das forças da direita e extrema direita no seu conjunto, num claro não ao regresso das políticas nefastas e de triste memória das aliança PSD-CDS, que já demonstraram não hesitar em aliar-se às forças da extrema direita, ILiberal e Chega, para regressar ao poder a qualquer preço, como bem ficou claro nos Açores.

Por outro lado, é muito importante que das eleições resulte, não uma maioria absoluta do PS como este pretende, mas um expressivo reforço das forças da esquerda em especial através de um inequívoco reforço parlamentar do PCP, cujos 100 anos de História são garantia, como mais uma vez bem o demonstrou à saciedade nos últimos 6 anos, que os votos que lhe são confiados estarão sempre disponíveis para favorecer o Povo e, em especial, os trabalhadores .

Sejamos claros. O chumbo da proposta do Orçamento do Estado, ao contrário do que os defensores da política de direita procuram fazer crer, entre os quais incluo os que no PS sempre criticaram a chamada “Geringonça”, porque defensores do regresso ao “Bloco Central”, não põe em causa nenhum dos benefícios já alcançados por acordo entre a esquerda parlamentar, a não ser que o PS dê o dito por não dito. É preciso acabar com esse falacioso papão.

Quando muito teremos 2 ou 3 meses de atraso na sua aplicação, o tempo necessário para as eleições e a apresentação e aprovação de um novo orçamento no qual não só se deverão inscrever todos os avanços alcançados no decurso das negociações já feitas, como inscrever as compensações pelos 2 ou 3 meses entretanto decorridos bem como novos compromissos que tenham em conta propostas agora recusadas.

Mas não é só inscrever no orçamento. É também cumprir com o que se inscreve o que, como é sabido, nem sempre se verificou.

A ideia de que com o chumbo da proposta do orçamento tudo está perdido e temos que regressar ao ponto de partida é falsa. Como é falsa a ideia de só uma maioria absoluta do PS poder salvar o já negociado. Trata-se de uma tentativa de manipulação da opinião pública que é preciso combater no imediato.

Claro que comentadores, analistas e politólogos, que pululam nos grandes meios de comunicação social ao serviço da ideologia da direita mais reacionária, não se pouparão a esforços para tentar convencer a opinião pública desta falsidade assim como apresentar o PCP como o grande responsável por ter chumbado, “o melhor orçamento dos últimos anos”, “o orçamento mais à esquerda de sempre”, blá-blá-blá…

Para todos eles a “Geringonça” acabou. É coisa para esquecer. Como não faltarão as múmias como Ferraz da Costa a puxar dos galões de ex-patrão da CIP para condenar a “Geringonça” o que demonstraria serem impossíveis entendimentos futuros à esquerda, procurando com toda esta demagogia passar a mensagem que os entendimentos do PS com os Partidos à sua esquerda são inviáveis e que só uma vitória da direita ou o regresso ao “Bloco Central” são as soluções estáveis e possíveis.

Claro que uma maioria absoluta do PS também faria jeito, pois, é sabido, sempre foi um bom guardião dos interesses dos “donos disto tudo” quando governou sózinho e sem travões à sua esquerda. É o habitual terrorismo político, assente em chavões simplistas e sem fundamento tais como o de classificar de “radicais de esquerda” os partidos à esquerda do PS, fugindo às questões concretas como forma de esconder os seus projectos totalitários ao serviço do grande capital e a ausência de propostas para a resolução dos problemas.

O que os últimos 6 anos demonstraram é que, além de estabilidade, apesar das insuficiências, e são muitas sem dúvida, fruto das vacilações do PS, foram registados avanços favoráveis aos mais desfavorecidos, que compensaram retrocessos civilizacionais resultantes das políticas PSD-CDS que, ao serviço do grande capital e dos “donos disto tudo”, não hesitaram em aprovar medidas ainda mais gravosas do que as impostas pela famigerada “troyka”.

Encaremos, pois, as eleições antecipadas não como um problema ou uma dificuldade acrescida à melhoria das condições de vida das e dos portugueses mas antes com confiança e como mais uma oportunidade excepcional de afirmar os princípios e valores de esquerda que sempre nortearam a acção do PCP ao longo dos 100 anos da sua existência e são razão de ser da sua constituição.

Não dramatizemos a situação e não nos deixemos, pois, enredar na estéril discussão sobre se o PCP devia ter votado contra, a favor ou abster-se. Isso seria chover sobre o molhado, só contribuiria para nos desconcentrarmos do essencial e criar discórdias e divisões para gáudio da direita.

Penso que todos sabemos que discórdias e divisões são sempre fatais num Partido como o PCP.

O mais importante agora é unir e mobilizar todo o Partido para mais uma batalha que é da maior importância para a derrota da direita e da extrema direita.

O mais importante é mostrar aos abstencionistas que vale a pena votar. Que o voto, ao contrário da abstenção, é útil se bem utilizado. Que votar bem é votar para o reforço do único Partido que ao longo da sua história sempre esteve ao lado do Povo e, particularmente, ao lado dos trabalhadores, de todos os trabalhadores e das camadas mais desfavorecidas da população.

Mais votos e mais Deputados eleitos pelo PCP é condição para que se não percam todos os avanços alcançados e, sobretudo, se consigam novos e importantes avanços. É PRECISO QUE ISTO SEJA CLARO E COMPREENDIDO POR TODOS. O PCP nunca foi um Partido do “bota a abaixo”. Tem um programa democrático, claro e alternativo para Portugal, luta para que o Povo e, particularmente os trabalhadores, o assumam como seu, pois, para os servir foi idealizado.

O PCP não é um Partido anti-poder mas um Partido que aspira e tem todas as condições para exercer o poder. Assim o Povo lhe confie a maioria necessária para o exercer e cumprir, assim, o seu programa. O que o PCP nunca aceitou ou aceita é ir para o poder a qualquer preço.

O PCP sempre respeitou os seus compromissos e sempre assumiu as suas responsabilidades tendo no horizonte a defesa da Liberdade, da Democracia e do Socialismo. OS VOTOS QUE LHE SÃO CONFIADOS SÃO SAGRADOS E ESTARÃO SEMPRE AO SERVIÇO DO NOBRE IDEAL DE UMA SOCIEDADE LIVRE DE TODAS AS FORMAS DE EXPLORAÇÃO E OPRESSÃO.FOI ASSIM NO PASSADO. É ASSIM NO PRESENTE. SERÁ ASSIM NO FUTURO.O POVO, OS TRABALHADORES PODEM CONFIAR-LHE O SEU VOTO. MAIS VOTOS NO PCP É O CAMINHO PARA CONSOLIDAR E CONQUISTAR NOVOS AVANÇOS, PORQUE DE CONFIANÇA É O PCP!

José Soeiro

30 de outubro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

SITUAÇÕES COMO A PRESENTE EXIGEM MUITA SERENIDADE E, SOBRETUDO, CONFIANÇA, MUITA CONFIANÇA. APESAR DO IMPASSE, QUE LEVOU À NÃO APROVAÇÃO DO ÚLTIMO ORÇAMENTO DO ESTADO, OS ÚLTIMOS 6 ANOS MOSTRARAM AOS PORTUGUESES E PORTUGUESAS A SUPERIORIDADE DE UMA GOVERNAÇÃO NEGOCIADA ENTRE O PS E OS PARTIDOS À SUA ESQUERDA SOBRE TODAS AS GOVERNAÇÕES DA DIREITA E, DE FORMA PARTICULARMENTE EXPRESSIVA E CONCLUDENTE, SOBRE A ÚLTIMA GOVERNAÇÃO PSD/CDS DE TRISTE MEMÓRIA. PAZ À SUA ALMA.

Marcelo Rebelo de Sousa foi, em minha modesta opinião, o grande artífice da crise que “a pés juntos” jurava procurar evitar.

Típico para quem conhece a sua forma de estar na política.

O futuro próximo o dirá e esclarecerá se o fez ou não com cumplicidades.

Vejamos: MARCELO REBELO DE SOUSA, apesar de saber que nada o obrigava a dissolver a Assembleia da República se o orçamento chumbasse, sabendo da grande probabilidade de o mesmo não passar e consciente da grave crise interna do PSD e da necessidade de agir rapidamente para garantir a sobrevivência política de Rui Rio, seu protegido, fez-se esquecido de que era Presidente da República e, assumindo o papel de líder e estratega efectivo de toda a direita, a que sempre aspirou e que há muito vem assumindo, decidiu aproveitar a oportunidade para intervir intempestiva, mas deliberadamente, no sentido de criar a crise política que proclamava querer evitar.

Reconheça-se, Marcelo é a direita no seu melhor.

Paciente e estratega não esconde a sua ambição de governar todo o País a partir da Presidência que alcançou. São aliás conhecidas as suas permanentes ingerências na área governativa.

Ele sabia muito bem que esse era o caminho que permitiria a Rui Rio decidir sobre o que poderá vir a ser a composição de um futuro grupo parlamentar, pois, cabe ao líder do PSD, em exercício, deliberar em definitivo sobre quem serão os candidatos a futuros parlamentares.

Todos sabemos que esse é um factor muito importante para um partido que vive de clientelas partidárias, e sendo as eleições em Janeiro, como Marcelo fez questão de anunciar, desde a primeira hora, é evidente que cabe a Rui Rio essa nomeação, mesmo que as directas face a Paulo Rangel não lhe sejam favoráveis.

Com este cenário Marcelo procurou, procura ainda, ganhar em todos os tabuleiros. Garantir um Grupo Parlamentar do PSD subordinado à sua estratégia, com Rui Rio à cabeça como líder parlamentar; lançar a discórdia e a turbulência entre os Partidos que sustentavam a “Geringonça”, e, assim, tentar descredibilizar a viabilidade de entendimentos programáticos mais avançados; criar e/ou aprofundar conhecidas clivagens internas, sempre previsíveis em situações como a presente, dentro de todos os partidos da “Geringonça” e, sobretudo, dificultar a vida aos sectores mais à esquerda dentro do próprio PS, em cujo interior, como é sabido, nunca faltaram vozes que, fieis ao “Bloco Central” e às alianças com a direita, sempre manifestaram a sua discordância e oposição, desde a primeira hora, a qualquer entendimento do PS, sobretudo, com o PCP.

Em minha opinião, opinião pessoal que em nada responsabiliza ou vincula a Direcção do meu Partido, está nas mãos dos Partidos da “Geringonça”, particularmente nas mãos do PS, facilitar ou dificultar a estratégia tecida ardilosamente por Marcelo por forma a assegurar a derrota da mesma, bem como a derrota de toda a direita no seu conjunto. Para o conseguir exigi-se, MUITA SERENIDADE E, SOBRETUDO, CONFIANÇA, MUITA CONFIANÇA NA VITÓRIA SOBRE A DIREITA.

Desde logo é preciso, de imediato, serenar os ânimos. As críticas sem fundamento, as acusações gratuitas e, sobretudo, os insultos, deviam ser banidos do discurso político, entre os Partidos que, ao longo dos últimos 6 anos, asseguraram a elaboração dos orçamentos de estado e garantiram o apoio parlamentar necessário para viabilizar os mesmos. Os partidos da direita e extrema direita agradecem a ajuda de quem assim não proceda…

Tentar misturar e confundir aos olhos das portuguesas e portugueses os votos do PCP e do BE, que votaram contra a proposta de orçamento, porque, segundo o afirmaram, consideravam que era possível ir mais longe nos avanços já acordados, com os votos de uma direita tacanha e de uma extrema direita de cariz fascista, que votou contra o orçamento porque achava que o orçamento era uma cedência excessiva às propostas do PCP, não me parece nada acertado, pois só contribui para reforçar a falsa ideia de divergências inultrapassáveis à esquerda e, em consequência, facilitar a ideia que a única solução estável para o País são governos da direita ou do PS com a direita.

Que a direita e os defensores do regresso ao “Bloco Central” se empenhem em promover essa linha eu compreendo-o, já não o compreendo da parte de outros democratas e muito menos de quem se afirme comunista.

A QUESTÃO CENTRAL NESTE MOMENTO É UNIR ESFORÇOS PARA MANTER A DIREITA EM MINORIA E NÃO DAR TIROS NOS PÉS.

Reservem-se as energias para dar combate à direita. Direita que, sem ideias nem propostas alternativas, como ficou demonstrado no decurso do debate do orçamento, passou o seu tempo a criticar a “Geringonça” deixando clara a sua vontade de fazer regredir e fazer voltar atrás os progressos alcançados, e retomar o caminho da austeridade imposto pela “Troika”.

Assumam-se antes, como património da esquerda, e não se subestimem, os êxitos que, apesar de modestos foram alcançados e lembrem-se as portuguesas e portugueses que tudo o que estava contemplado no orçamento agora recusado pode ser recuperado e melhorado após as eleições cabendo ao Povo decidir nas urnas sobre o rumo a seguir na política portuguesa.

É preciso lembrar que foi a “Geringonça” que permitiu pôr fim à governação do PSD-CDS cujo único sucesso foi ir para além do garrote imposto pela “Troyka” , tornando num inferno a vida das portuguesas e portugueses e, em particular, dos que vivem exclusivamente dos seus rendimentos do trabalho e das pensões.

É a esse garrote, desde logo aos seus excessos, que é preciso por termo com urgência. Nada justifica a sua manutenção. Ou há justificação para que isso assim seja? Se há, é preciso que o Povo tome conhecimento da mesma.

É preciso deixar claro perante os portugueses que não há razões para alarmismos e assumir, isso sim, o solene compromisso de não haver retrocessos em relação ao que já foi alcançado e inscrito na proposta de Orçamento de Estado agora recusado. Afirmar que tudo está perdido não só não tem qualquer fundamento como é já uma forma de passar as culpas exclusivamente para os outros.

Repito-o mais uma vez. Nada obsta a que, na nova proposta de orçamento a apresentar na futura Assembleia da República, se compensem os 2 ou 3 meses que o mesmo levará a discutir, com os ganhos que a todos pertencem bem como a introdução de melhorias que garantam a sua viabilização tendo presente a vontade que o Povo venha a expressar nas urnas.

Mais do que abrir uma campanha de inflamados discursos assentes no passa culpas e responsabilidades pela crise criada, numa disputa autofágica entre os partidos da “Geringonça”, impõe-se esclarecer com serenidade e elevação o que correu mal, o que foi acordado e inscrito nos orçamentos aprovados e não foi cumprido, explicar o porquê desse não cumprimento e mostrar aos eleitores que deixaram de votar, por considerarem que nada mudava, que eram todos iguais e que não valia a pena votar porque era sempre mais do mesmo, que o seu voto é importante, conta e, direi mesmo, será determinante para a solução que se impõe construir na futura Assembleia da República.

A “Geringonça” deitou por terra teses e mistificações ciosamente construídas ao longo de dezenas de anos pelos artífices do “Bloco Central” ao serviço dos “donos disto tudo”. Teses como as “eleições para Primeiro-Ministro”, “o Partido que tem mais votos é quem deve governar” ou ainda a dos “arcos presidenciais” ou do “arco dos partidos de governo” estas últimas para dar ao CDS um protagonismo artificial, todas escamoteando o princípio constitucional que determina que, para se ser governo, o que é necessário e indispensável é contar com o suporte de uma maioria parlamentar, sobretudo em matéria de Orçamento do Estado. Tudo teses anti-democráticas, falsas, alimentadas por comentadores, analistas e politólogos de serviço nos grandes meios de comunicação social, por direcções de informação nomeadas por critérios partidários, pelas mesas redondas construídas com representantes do PS, do PSD e do CDS, que afastavam do debate as vozes discordantes e portadoras de políticas alternativas… manipulação constante de informação, ausência de contraditório ou puro silenciamento das vozes discordantes da força dominante no governo. Infelizmente situações que ainda no presente estão longe de estar resolvidas como seria próprio de uma democracia participada como a consagrada na Constituição da República…

Os seis anos decorridos demonstraram que é possível construir soluções democráticas diferentes, melhores e mais estáveis, independentemente da legítima intervenção e iniciativa política de cada partido em defesa dos seus princípios e programas, quer através das iniciativas políticas próprias nas instituições, quer junto das populações. A experiência dos últimos seis anos deve ser valorizada por todos os que nela participaram de forma a mostrar que sim, é possível que as coisas mudem se cada um compreender bem o que está em jogo e dependente do seu voto, que vale a pena votar porque todos os votos contam.

A “Geringonça” é por isso, no meu entender, a novidade que deve mobilizar e interessar os eleitores. É muito importante que os Partidos da “Geringonça” se empenhem, todos eles, na mobilização dos abstencionistas. São estes que podem fazer a diferença nestas eleições e fá-lo-ão se compreenderem que algo mudou de facto na política portuguesa. Se perceberem que têm tudo a ganhar exprimindo com o seu voto o que consideram melhor para si e para Portugal. A abstenção só serve a direita e a extrema direita.

Haverá decerto muito a discutir após as eleições mas, no imediato, o mais importante é vencer a preocupante iliteracia política que tem sido alimentada durante anos pela política espetáculo e clubística assente na irracionalidade, no sectarismo e na incapacidade de análise mesmo de uma situação tão clara como aquela que vivemos.

Os inúmeros comentários que circulam nas redes sociais bem ilustram o nível baixo a que chegámos.

Isso consegue-se debatendo com serenidade e argumentos claros e fundamentados as diferentes propostas e a sua sustentabilidade e não com manipulações e golpes baixos cujas marcas só servirão para dificultar entendimentos futuros. Os votos depositados em cada partido devem ser respeitados e ponderados na hora das soluções governativas sem que tal signifique a perda de identidade ou de iniciativa política de cada protagonista, salvo nos casos em que tenha sido acordado um programa comum concreto o que, em tal situação, obriga e responsabiliza quem o subscreva.

O QUE ESTÁ EM JOGO É DEMASIADO IMPORTANTE PARA TODOS OS QUE VIVEM DOS SEUS RENDIMENTOS DO TRABALHO OU DAS SUAS REFORMAS PARA QUE NOS DESGASTEMOS EM DISCUSSÕES ESTÉREIS QUE SÓ NOS DESVIAM DO ESSENCIAL . GUARDEM AS PERGUNTAS E AS NECESSÁRIAS EXPLICAÇÕES PARA DEPOIS DAS ELEIÇÕES, JÁ COM A DIREITA E A EXTREMA DIREITA DERROTADAS.

ATÉ LÁ É ESCLARECER E MOBILIZAR… MOBILIZAR E ESCLARECER… VENCER A ABSTENÇÃO MOBILIZANDO PARA O VOTO CONTRA A DIREITA .

COMO COMUNISTA O MEU APELO É PARA QUE TODOS OS QUE COMO TAL SE CONSIDERAM SE EMPENHEM, COM A MESMA CONFIANÇA DE SEMPRE, NO COMBATE ÀS MANOBRAS DA DIREITA E DA EXTREMA DIREITA QUE TUDO FARÃO PARA TENTAR DESACREDITAR O PCP E COM ISSO ALIMENTAR ESPERANÇAS DE VOLTAR RAPIDAMENTE AO PODER.

ESTÁ NAS MÃOS DE TODOS E DE CADA UM CONTRIBUIR PARA QUE ASSIM SEJA.

José Soeiro

31 de outubro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

“Anthonio GS VOZ SOCIALISTA1 h · “A minha pilinha, é maior do que a tua”.(Perdoem-me o termo que passo a justificar) Entre outras, vou usar como exemplo a ambiguidade das afirmações de Francisco Louçã ao comparar as vezes que alguém votou ao lado de quem. Assim se retrata a infantilidade da atitude da esquerda radical tanto com o seu voto de mãos dadas com a direita igualmente radical, como nas suas justificações em modo acusatório de passa-culpas.”-Ah, e tal… o PS votou mais vezes ao lado do PSD”. Oh meus senhores,… falta dizer qual o conteúdo da matéria votada e quais os benefícios e mazelas que eventualmente daí advenham.Porque se nas crianças tem muita importância a disputa do tamanho das pilinhas, já nos adultos é mais importante a qualidade, utilidade e eficácia das decisões. É uma questão de perspicácia e maturidade política. A prova-lo está que os votos do PS ao lado do PSD, não fizeram cair orçamentos, prejudicando Portugal e os portugueses. Já nas poucas vezes que a esquerda radical votou de mãos dadas com a direita, causou uma vergonhosa crise política tão dispensável nesta altura do campeonato. E sim a esquerda radical no rebolar das emoções, tomou uma atitude infantil e imatura que agora igualmente embalada pelas emoções e infantilidade, vem fazendo beicinho, afirmar: “A minha pilinha é maior do que a tua”.”

O trecho que acabo de publicar retirei-o hoje da página “Voz Socialista” e só posso agradecer ao seu autor a clareza com que exprime o seu pensamento que pelo número de gostos recebidos nas duas primeiras horas já prometia… Como piada e noutra conjuntura até poderia fazer sorrir alguns. O problema é a política não se poder avaliar pela qualidade das piadas de cada um e muito menos depender destas…

Aliás, já foram demitidos vários ministros anedóticos e humoristas…

Acho que o “Anthonio” tem todo o direito e absoluta legitimidade, até lhe fica bem ser tão claro, para considerar que o PS votar com o PSD é melhor que entendimentos com os Partidos à esquerda do PS. Defenda até, se assim o entender, o regresso do famoso “Bloco Central de Interesses” como o classificou o militante do PS João Cravinho. Está no seu pleno direito. Até torna mais natural e compreensível que Rui Rio também assim proceda.

Rui Rio tem consciência que o PSD, neste momento, não tem qualquer hipótese de ganhar as eleições, sabe que o seu lugar como líder está ameaçado e sabe, também, que a crise criada deliberadamente, pelo ideólogo e estratega da direita, instalado na Presidência da República, ultrapassando o disposto na Constituição, ao não aguardar para ver da disponibilidade do Governo para apresentar um segundo orçamento do Estado, está a esboroar-se mais cedo do que o seu autor ou autores esperavam.

O futuro próximo o desvendará.

Toda a direita vive em pânico há 6 anos. O pânico instalou-se quando o PCP afirmou que António Costa só não governaria se não o quisesse. Começaram então as exigências mais estapafúrdias de Cavaco Silva sobre a necessidade de um acordo escrito, garantias de estabilidade para toda a legislatura, tudo para dificultar qualquer acordo, tão convencido estava que entendimentos com os Partidos à esquerda do PS, em particular com o PCP, nunca seriam possíveis.

É bom recordar que se a queda do Governo minoritário do PS se verificasse durante essa legislatura nada obrigaria a novas eleições, e penso que ninguém duvida que Cavaco daria à direita a oportunidade de formar um novo governo contando então a direita com os “Anthonios” da vida, amantes de anedotas e comédias, anedotas e comédias sempre trágicas para o Povo, e que lá estariam, como aconteceu sempre, até à “Geringonça” , para juntar os seus votos ou a sua abstenção ao PSD e assegurar o regresso da AD de triste memória ao desgoverno do País.

Os “Anthonios” ainda tiveram a esperança que, uma vez terminada a legislatura, a direita pudesse ganhar as eleições mas o Povo, cuja sabedoria é necessário reconhecer, apostou na recusa de uma maioria absoluta ao PS mas colocando desta vez a direita em minoria. Foi a primeira e mais importante vitória política da “Geringonça”.

O PCP cuja representação parlamentar na nova legislatura era suficiente para viabilizar o Orçamento para 2021 entendeu dar mais uma oportunidade ao governo minoritário do PS e voltou a viabilizar o orçamento, apesar de considerar negativamente o não cumprimento de todos os investimentos inscritos em orçamentos de estado anteriores.

O BE votou contra.

Várias vezes ouvi o PCP chamar publicamente a atenção do Governo, para a necessidade de, antes de se falar no Orçamento para 2022, se garantir o investimento das verbas inscritas no Orçamento para 2021, cumprindo o acordado aquando da sua aprovação, criticando as cativações tão ao gosto de Mário Centeno e do seu discípulo e actual Ministro das Finanças João Leão.

Isto é verdade ou não?

É ou não verdade que milhares de milhões de euros ficaram por investir nos últimos 6 anos apesar de inscritos nos Orçamentos do Estado?

Se é verdade não se impõe nenhum esclarecimento sobre isto?

São os comunistas os responsáveis por o governo não fazer os investimentos acordados?

Não são os “Anthonios” da vida e as suas gracinhas de mau gosto que devem distrair os democratas sinceramente empenhados numa política melhor para todos e que, comprovadamente, só será possível com entendimentos do PS à sua esquerda e nunca com a direita , como já avançam Rui Rio e todas as múmias do passado, que agora reaparecem, em escandalosos e injustificados tempos de antena, negados a quem de direito, para tentar impingir o fracasso da “Geringonça” , a impossibilidade de entendimentos à esquerda, numa tentativa desesperada de vender as velhas e bafientas receitas da AD ou do Bloco Central, ou seja, as receitas da “Troyka”: AUSTERIDADE, AUSTERIDADE E MAIS AUSTERIDADE , AO SERVIÇO DOS VELHOS “DONOS DISTO TUDO”.

Não há que esconder as razões que levaram à recusa do orçamento para 2022. Há que discuti-las com verdade e responsabilidade e trabalhar com confiança para que as impostas eleições antecipadas sejam mesmo uma estrondosa “vitória de Pirro” para Marcelo, para toda a direita e para os “Anthonios” que ainda agora a procissão vai no quadro e já juntam as suas vozes à direita reaccionária lançando prematuros foguetes.

Não achará o dito “Anthonio” que é ainda muito cedo para desautorizar assim, publicamente o líder do PS António Costa? Ou é apenas um sintoma de mau estar de quem sendo social democrata ainda não ganhou a coragem para se assumir como tal e se esconde, como muitos outros, sob a capa de socialista?

Conhecerá o dito “Anthónio” ao menos o marxismo? ou será dos que acham que o capitalismo é o fim da história?

Acreditará mesmo que o PCP votou contra o orçamento por ser um aliado da direita e da extrema direita ou é apenas mais um farsante que nos pretende distrair com as suas piadas de mau gosto?

Perceberá o fulguroso e anedótico “Anthonio” a diferença entre trabalhar e lutar por salários e pensões dignas, por trabalho com direitos, por um Serviço Nacional de Saúde universal geral e gratuito, como propôs António Arnault, gerido de acordo com os interesses do Povo e não gerido para facilitar a vida ao parasitismo privado?

Perceberá a diferença entre pugnar para garantir o direito efectivo a uma habitação digna e a especulação imobiliária que o nega?… A diferença entre o trabalho com direitos e a precariedade? Um ensino de qualidade e com profissionais motivados? Uma cultura com um mínimo de financiamento? Etc. Etc.

Porque é por tudo isto e mais todos os direitos que a Constituição da República consagra e que estão por cumprir que deve trabalhar e lutar quem, como o PCP, é efectivamente de esquerda e não faz da esmola e da caridade uma estratégia política.

Pela forma como procura manipular quem o lê ao colocar a esquerda de “mãos dadas com a direita” o “Anthonio” apenas revela a sua natureza estruturalmente de direita e consequentemente de defensor da política de esmolas. O pobre tem tendência para agradecer a esmola que se lhe estende. Portugal é um País onde se empobrece a trabalhar. É isso que se pretende? Aumentar o número de dependentes da esmola?

SEJAMOS CLAROS. A direita e a extrema direita é pelo regresso à política de esmolas. demonstrou-o no decurso do debate sobre o orçamento do estado. eles vociferaram desabridamente contra a “geringonça”, invocaram cobras e lagartos contra a sua existência. De todo esse alarido importa reter e sublinhar que:

1º – Para a direita e extrema direita, o já acordado entre o governo e os partidos à esquerda do PS é tudo de mais.

2º – Com a direita no poder nada disso seria possível.

3º – Os resultados alcançados são cedências inaceitáveis ao PCP.

Tudo isto foi deixado claro. Disseram-no todas as bancadas do PSD ao Chega. Eles mostraram que não têm soluções nem constituem qualquer alternativa credível para opor à “geringonça”.

Em vez de alarmismos tendenciosos é isto que importa sublinhar e esclarecer. Sublinhar e esclarecer que votar nos partidos da direita, do PSD ao Chega, é votar para se andar para trás. E como diz o povo, “para trás mija a burra” e pelo que escrevem podemos juntar-lhe os “Anthonios” da vida que só sabem olhar para trás porque incapazes de olhar em frente.

OS PORTUGUESES E PORTUGUESAS TÊM ASSIM NO HORIZONTE UM QUADRO CUJA CLARIFICAÇÃO EXIGE A SUA INTERVENÇÃO E NÃO A SUA ABSTENÇÃO.

A “GERINGONÇA” MOSTROU QUE TODOS OS VOTOS CONTAM, QUE NÃO HÁ VOTOS INÚTEIS NEM PERDIDOS. QUE NÃO HÁ ELEIÇÕES PARA PRIMEIRO MINISTRO E QUE TODOS TEMOS UMA PALAVRA A DIZER NAS URNAS, POIS É DO NOSSO VOTO QUE SAIRÁ A COMPOSIÇÃO DA FUTURA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA E DESTA O FUTURO GOVERNO DE PORTUGAL.

Independentemente do manobrismo de Marcelo Rebelo de Sousa, que levou à sua desnecessária convocação, as eleições são, assim, uma oportunidade para os que se têm remetido à abstenção e com o seu voto, desempatar o que agora ficou empatado.

Digo empatado porque nada está perdido como alguns procuram desonestamente fazer crer.

Mais, muitos dos avanços conseguidos só não serão postos em vigor no imediato se o Governo de António Costa o não quiser fazer, e, se não o fizer deve explicar o porquê.

Para que o Povo vote em consciência o que se impõe não são as gracinhas reacionárias dos “Anthonios” da vida mas dar a conhecer, sem medos toda a verdade sobre as razões do impasse criado o que exige honestidade, responsabilidade e serenidade da parte de todos os intervenientes.

OS ABSTENCIONISTAS, QUE REPRESENTAM MAIS DE 50% DO ELEITORADO, TÊM O DEVER DE INTERVIR E MOSTRAR COM O SEU VOTO O RUMO QUE QUEREM PARA PORTUGAL.

NÃO TENHO DUVIDA QUE A MAIOR PARTE DOS ABSTENCIONISTAS É GENTE DE ESQUERDA QUE SE FOI DESENCANTANDO E AFASTANDO DA POLÍTICA POR NÃO ACREDITAR SEREM POSSÍVEIS OUTRAS SOLUÇÕES GOVERNATIVAS DO QUE AQUELAS QUE TIVEMOS ATÉ À “GERINGONÇA”.

DAÍ O EMPENHO DE TODA A DIREITA EM PROCURAR, POR TODOS OS MEIOS INVIABILIZAR TODO E QUALQUER ENTENDIMENTO DO PS COM OS PARTIDOS À SUA ESQUERDA.

UMA NOVA E MAIS PESADA DERROTA PODE AFASTÁ-LOS DEMOCRATICAMENTE E POR MUITOS ANOS DA ESFERA GOVERNATIVA.

O GOVERNO DISPÕE DE IMPORTANTES ALMOFADAS FINANCEIRAS RESULTANTES DE INVESTIMENTOS QUE DEVIA FAZER E NÃO FEZ.

O GOVERNO PODE E DEVE UTILIZAR NO IMEDIATO ESSA ALMOFADA PARA DECRETAR MUITAS DAS MEDIDAS JÁ ACORDADAS PARA O ORÇAMENTO.

FAÇA-O ASSUMINDO AS MESMAS, PERANTE AS PORTUGUESAS E PORTUGUESES, COMO O RESULTADO DAS NEGOCIAÇÕES DA “GERINGONÇA” E A DIREITA E EXTREMA DIREITA SOFRERÁ UMA DAS SUAS MAIS PESADAS DERROTAS DA SUA HISTÓRIA.

A TODOS E A CADA UM DE TRABALHAR SERENAMENTE E COM CONFIANÇA, MUITA CONFIANÇA PARA ISSO.

 

José Soeiro

1 de novembro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

PONHAM UMA PENA NO BURRO E DIGAM QUE É UM GALO…

Deixem depois aos comentadores, analistas e outros serventuários do costume, em serviço permanente nos grandes meios de comunicação social a responsabilidade de nos convencer do que à partida pode parecer tão evidente.

É para nos convencer e não esclarecer que são pagos, logo, muito respeitinho. Disse pagos mas deveria ter dito bem pagos. Escandalosamente bem pagos.

Eles logo se encarregam de nos provar, por A+B, que é mesmo um belo e enorme galo… Sim, um enorme galo. Daqueles que nos cresce na cabeça quando sobre esta cai algo de pesado e contundente, que nos faz ver estrelas onde não as há, perder o norte e andar sem rumo, isto quando não nos deixa mesmo k.o. a ouvir cantar os inexistentes passarinhos e a ver os burros sem penas mas a voar…

Quem é que se vai dar ao trabalho de pensar pela sua cabeça depois de um dia de cansaço quando pode tranquilamente ouvir um sábio Marques Mendes que nos diz o que se vai passar no futuro na Presidência da República, no Governo, nos Partidos, na Europa e no mundo? Só não nos dá os resultados dos jogos de futebol porque isso iria desinteressar o zé povinho de seguir atentamente os jogos e reduzir as audiências dos políticos comentadores que hoje nos deliciam com as suas profundas análises futebolísticas…

E se não gostarem do Marques Mendes podem sempre ouvir em alternativa o reconhecido especialista em tudo e mais alguma coisa, o famoso e pelos vistos insubstituível “Paulinho das Feiras” que, melhor que um borda de água, tanto nos pode esclarecer sobre o covid-19 como sobre o tempo que iremos ter na próxima semana, ou o tempo que leva um submarino a submergir e emergir consoante o interesse de cada um…

Além disso o “Paulinho das Feiras” é muito mais conhecido no estrangeiro que Paulo Rangel que, não tendo ainda sido promovido a comentador, já é ouvido como se comentador fosse, não apenas na SIC mas em tudo o que possa ser visto, ouvido e lido. Se Marques Mendes aceita um conselho vá metendo as barbas de molho, pois, como recentemente se provou, a Paulo Rangel basta-lhe solicitar uma audiência ao seu companheiro Marcelo para que este lhe abra as portas de Belém…não sei se fizeram uma “selfie” para a posteridade…logo se vê…

E cuidado com o Rambo, quero dizer, com o Rangel, peço desculpa pelo lapso, deve ter sido por causa da sua cruzada à Venezuela em apoio do fantoche, candidato a títere dos Estados Unidos, que a Europa, subserviente e obrigada, tanta pressa teve em reconhecer como o Presidente da República Boliveriana.

Ele já anunciou que, com ele, o PSD vai sozinho a eleições, é para ter a maioria absoluta e nunca fará entendimentos com socialistas , radicais de esquerda ou com o Chega. O Paulão é candidato a Primeiro Ministro de Portugal só porque ainda não há candidato a Primeiro Ministro de toda a Europa, porque é europeísta e esse cargo sim, está à altura das suas ambições. É caso para dizer: Ó “Chicão” manda já vir o “uber” à cautela, pois o táxi do PSD, nas mãos do Paulão, não passa pelo Largo do Caldas.

Não digo “chiquinho” porque o Nuno pode-se zangar e sentir insultado e, como jurou, e está apostado em demonstrar, com os Melos não se brinca, se não for a bem vai a mal e nessa altura não há nada do Caldas que se safe, o que muito aflige e preocupa o “Paulinho das Feiras” que tem que apelar bem fundo à contenção do seu espírito democrático para não acompanhar, para já claro, o bater a porta de tantos figurões em correria na direcção do primeiro guarda chuva que esteja a jeito…

Pobre e inocente Marcelo que nunca pensou na inoportunidade de, em plena crise do PSD, receber o opositor de Rui Rio. Tal como apenas talvez se tenha precipitado em anunciar a dissolução da Assembleia da República, quando o Orçamento ainda estava em discussão, assim o afirmam reconhecidos e prestigiados comentadores.

Tudo o resto são maledicências sobre tão inocente criatura. Para ele, Marcelo, receber o Paulão não tem qualquer significado, pois está sempre aberto a receber toda a gente…, A chatice são as repetidas solicitações de audiência que lhe foram dirigidas pelos representantes da “Plataforma Alentejo” e a que ele nunca deu resposta apesar das centenas de personalidades que a subscreveram… muitas centenas mas isso é apenas um pormenor sem importância pois tratava-se apenas de apresentar e defender uma “ESTRATÉGIA INTEGRADA DE ACESSIBILIDADE SUSTENTÁVEL DO ALENTEJO NAS LIGAÇÕES NACIONAL E INTERNACIONAL”…

Que novos coelhinhos irá tirar do chapéu o mágico Professor, comentador e artista principal de toda esta trágica comédia, depois de Rio ter confessado publicamente que, naturalmente o Presidente da República estaria empenhado em dar uma ajuda ao seu Partido, o PSD?

Como irá o PSD dividir-se?

Quantos irão ficar a apoiar o Rio a pedir batatinhas ao PS, fundamental para mais uma revisão da Constituição tão cara à direita e à extrema direita, e quantos irão ficar com Rangel a recusar todos os entendimentos com o PS, a esquerda radical e o Chega?

É com esta direita que procuram assustar o Povo?

Acham que o Povo é assim tão estúpido? Ou o espantalho do papão da direita é agitado para pelo medo do mesmo não vermos o burro que nos querem fazer passar por galo, assim tentando alcançar mais alguns votinhos ditos “uteis”?

Porque entretanto há gente em Portugal com rendimentos e a receber pensões de dezenas de milhares de euros por mês… Há os Rendeiros da vida que se passeiam pela Europa e são introváveis… Desaparecem obras de arte que se falsificam enquanto as verdadeiras são vendidas em leilão e ornamentam paredes em Bruxelas… há milhares de milhões que saem anualmente do País para o estrangeiro… prosseguem negócios pouco claros de milhares de milhões a beneficiar escandalosamente os mesmos grandes grupos económicos de sempre… mas isso pouco interessa discutir…

Não. Sobre isto nada há a dizer.

O importante é animar as falsas ideias que a esquerda radical, designadamente o PCP, anda de mãos dadas com a extrema direita, não é de confiança, não garante a estabilidade, reage emotivamente em função de resultados eleitorais menos favoráveis, prefere penalizar as pessoas e regressar à política do protesto a aprovar medidas que as favoreçam …

A provar toda esta “lenga lenga” está a recusa do “melhor orçamento de sempre” o que poria em causa tudo o já negociado, tentando assim pôr toda a gente a discutir os 10 euros nas reformas ou o importante mas insuficiente aumento do salário mínimo nacional em 40 euros e não o porquê do PCP não ter viabilizado o orçamento ou o porquê da intransigência do PS.

É a politiquice ao serviço da política de direita no seu melhor, numa tentativa desesperada de criar também dúvidas e divisões na esquerda e, sobretudo, criar um clima de hostilidade que dificulte qualquer aproximação maior do PS às fundamentadas propostas do PCP, como sejam um aumento maior do salário mínimo e das reformas, etc. etc.

Medidas que, repito, nada na lei impede que o Governo assuma de imediato, pois tem almofada financeira para isso…

Não há múmia neste País que não seja convocada a pronunciar-se e reapareça a ditar a sentença de morte da Geringonça. Cavacos, Ferreiras Leite, Bagões Felix, Ferraz da Costa… comentadores, analistas, politólogos, Directores e sub-directores de informação… não há bicho careta que não seja ouvido… só não há tempo é para discutir por exemplo a consagração de um rendimento máximo nacional indexado ao salário mínimo por forma a promover a justiça fiscal que a Constituição da República consagra mas nenhum governo respeita.

E acabar de uma vez por todas com o choradinho sobre os interesses das pequenas e médias empresas para tentar defender e justificar os benefícios e escandalosos apoios aos grandes grupos económicos.

Há pequenas e médias empresas importantes que precisam de apoios? Pois que o Estado estude a forma dos apoiar quer com benefícios fiscais específicos quer com o crédito necessário… os grandes patrões sempre invocaram os interesses dos pequenos para garantir a mão de obra barata e sem direitos e os escandalosos lucros dos grandesinformem-se os portugueses sobre as isenções escandalosas dadas a grandes grupos que não se privam inclusive de fazer dívida para distribuir chorudos dividendos pelos accionistas e pelas administrações no final de cada ano, enquanto se recusam apoios elementares a quem deles carece na industria, como no comércio ou a agricultura…

E os que beneficiando de melhores salários não será tempo de refletirem sobre o significado miserável de um aumento de 10 euros mensais a quem trabalhou toda uma vida ou de 40 euros num salário mínimo de quem já hoje empobrece a trabalhar?

Choca-me ver tanto egoísmo, ambição pessoal e indiferença entre a chamada “classe média” perante tanta desigualdade e injustiça social, tanta carência no que é essencial para todos, que caracteriza a sociedade portuguesa.

Não se sentirão incomodados os que sustentam as políticas de direita que está na origem do atraso e sub-desenvolvimento do nosso País?

Seria assim tão desprestigiante para o seu estatuto social se o salário mínimo estiver mais próximo do salário médio que já ganham? Não perceberão, aqueles que assim pensam, o joguete que são nas mãos do grande capital que conta com o seu apoio político para os espremer a eles próprios e ainda mais os que estão por baixo? Que noção têm de solidariedade? Também advogam a política da esmola e da caridade? Onde e quem cria os lucros fabulosos que alimentam e tornam os ricos cada vez mais ricos?

Não defendo o igualitarismo mas não posso deixar de manifestar a minha indignação perante tanta indiferença face à injustiça que grassa e não para de crescer em Portugal. Confesso. Tenho muita dificuldade em admitir que nos dias de hoje ainda baste colocar umas penas em cima de um burro para vermos neste um grande galo. Quem defende o regresso à política de direita parece acreditar que sim…

AO POVO DE LHES MOSTRAR QUE NÃO, NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.

José Soeiro

5 de novembro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

VERDADE, SERIEDADE, FRONTALIDADE E SERENIDADE É O QUE SE IMPÕE A QUEM AMA E DEFENDE A LIBERDADE. É O QUE SE EXIGE EM DEMOCRACIA. É O QUE O POVO PRECISA PARA VOTAR EM CONSCIÊNCIA AQUILO QUE QUER PARA PORTUGAL.

E se a todos os Partidos se deve exigir verdade, seriedade, frontalidade e serenidade, às instituições representativas do Estado, que somos todos nós, exige-se tudo isso mais a indispensável isenção e transparência na gestão da coisa pública que deve ser feita de acordo com os interesses de todos e não de clientelas, sejam elas partidárias, grupos económicos ou interesses estrangeiros.

Quando as instituições representativas do Estado são instrumentalizadas para resolver querelas e ambições partidárias, satisfazer ambições desmedidas de poder e servir outras clientelas que não o Povo, então é a democracia e a estabilidade de que tanto se fala que se põe em causa.

Marcelo Rebelo de Sousa não tem desculpa possível. Errou e não lhe ficam bem as estapafúrdias teorias a que agora recorre para fugir com a mão à palmatória. Primeiro faz chantagem sobre os partidos à esquerda do PS e ingere-se no funcionamento normal do Parlamento ameaçando com a sua dissolução e marcação o mais rápido possível de eleições em nome do interesse nacional. Se assim procedesse é evidente que estas deveriam ter lugar a 9 de Janeiro.

Agora, parecendo ter perdido a memória daquilo que afirmou quando devia estar calado, marca as eleições para 30 de Janeiro, apesar de PS, PSD, PCP, BE, CDS, PEV terem declarado que, a ser essa a sua opção, então o dia mais adequado era o dia 16 de Janeiro, data que já tinha em conta o Natal e o Ano Novo e que os restantes partidos não punham abertamente em causa declarando-se prontos para ir a votos.

Vir argumentar agora que a crise era inevitável e que os portugueses blá-blá-blá, procurando com isso responsabilizar os partidos à esquerda do PS, em particular o PCP, acompanhado pelo habitual coro de comentadores, analistas e politólogos de serviço, não passa de mais um passe de mágica a que recorre para não vermos que um burro será sempre um burro por mais penas que lhe coloquem na cabeça.

Então previu tudo e não previu o que já era evidente e público, ou seja, os golpes e contra-golpes dentro do PSD e do CDS em que ele próprio se envolveu ao receber Paulo Rangel? Se queria aguardar o esclarecimento interno do seu partido, o PSD, só tinha que lhes recomendar que se abstivessem e deixassem ir o orçamento para a discussão na especialidade. Como não tinham propostas para apresentar e defender na especialidade aproveitariam o tempo para esclarecer tudo o que tinham a esclarecer internamente. O que não é aceitável é que Marcelo Rebelo de Sousa, esquecendo ser o Presidente da República, tome decisões em função dos interesses de um qualquer partido, por muito importante que este seja, e faça exatamente o contrário do que invocou para justificar a sua pressa em dissolver o Parlamento e marcar eleições, prejudicando, assim, os interesse de todas as portuguesas e portugueses que afirmava pretender defender.

Claro que tudo isto exige igualmente explicações claras do Governo e do Grupo Parlamentar do PS. Desde logo que nos expliquem como é que o Governo e o Grupo Parlamentar do PS, tendo como certos os avisos de Marcelo de que se o Orçamento não fosse aprovado dissolveria o Parlamento e marcaria eleições, nada tenham feito para o evitar? Porque não manifestaram discordância perante a inaceitável chantagem de Marcelo sobre o Parlamento? Porque não contrapuseram que o chumbo de um orçamento não obrigava à dissolução do Parlamento e marcação de eleições avançando a sua disponibilidade para apresentar uma nova proposta de orçamento? O PCP não vinha afirmando há muito, publicamente, que antes de se falar em orçamento para 2022 era preciso acabar com a política das sistemáticas cativações, que punham em causa o investimento indispensável à retoma económica, e cumprir o acordado que faltava cumprir, a exemplo do que já acontecera em orçamentos anteriores? Porque fechou o PS portas a qualquer evolução positiva da sua proposta em relação a questões essenciais para a vida de todos e que vinham sendo colocadas na mesa das negociações havia meses? Não sabia que o PCP não iria ceder a chantagens de última hora? Não conhecia as condições e a disponibilidade do PCP para se encontrar uma solução que evitasse o chumbo do orçamento? Porque razão nada disto preocupou o PS? Não terá o PS visto na crise anunciada e provocada por Marcelo uma oportunidade para se libertar das exigências e compromissos à sua esquerda? Porque afirmou António Costa que no dia em que precisasse do apoio do PSD se demitia e nada fez para se entender à esquerda? Se juntarmos a todas estas questões o habilidoso e velado apelo de António Costa a uma maioria absoluta do PS não estaremos perante a sua vontade de ir para eleições convencido que as mesmas são favas contadas?

Acenar com o papão do perigo da direita não é sério e é chão que já deu uvas. O Povo não é parvo como alguns espertalhões pensam. Se a direita sonhasse que tinha qualquer possibilidade de vencer eleições há muito que teria apresentado uma moção de censura à “Geringonça”.

O PCP deu ao Governo e ao PS uma nova oportunidade ao não inviabilizar o orçamento para 2021, mas deixou claro que o mesmo teria que ser cumprido na íntegra e não deixar no papel aquilo que era a base do acordo para a sua viabilização. O PS não cumpriu o acordado. As cativações prosseguiram. Procurar atirar as culpas da crise provocada por Marcelo, com outras eventuais cumplicidades, para o PCP não me parece o melhor caminho para quem afirma, como afirmou António Costa que o seu governo caía no dia em que precisasse do voto do PSD para o viabilizar.

Procurar meter no mesmo saco o voto do PCP com o da direita e extrema direita escamoteando as razões opostas que motivaram o voto de um e de outros não só é desonesto como é uma intrujice vergonhosa que só pode enganar os que querem mesmo acreditar que um burro com umas penas na cabeça é mesmo um grande galo.

A política não se pode limitar à arte de iludir e enganar os eleitores com programas e promessas eleitorais que não se pensam cumprir à partida. E quando não se cumprem é dever de quem não cumpre explicar as verdadeiras razões que levaram ao seu incumprimento e acabar com as falsas desculpas do mau pagador. Mau pagador que, sistematicamente, de eleição para eleição, recorre à treta de que herdou uma realidade diferente e muito pior do que pensava, que a dimensão dos problemas encontrados é muito maior do que se poderia imaginar, que as conjunturas blá-blá, que os preços blá-blá-blá e, com isso, explicar todo o tipo de aldrabices e intrujices que, naturalmente, só serve para o descrédito da política e dos políticos. Descrédito que os médias, dominados pelos grandes grupos económicos, “os donos disto tudo” ou que agem como se o fossem porque alguns políticos lhe o permitem, tudo fazem para aprofundar, metendo todos no mesmo saco, como se todos fossem iguais, pois aos “donos disto tudo”, os grandes beneficiários das políticas do Blá-Blá-Blá, é isso que importa, que os eleitores se desinteressem da política e digam mal dos políticos, que se abstenham e pensem que não vale a pena votar, pois, o seu voto não irá mudar nada e ir votar é pura perda de tempo.

A “Geringonça” veio abalar esta realidade. Veio mostrar que os partidos e os políticos não são todos iguais, que são possíveis soluções de governação mais favoráveis a quem vive honestamente do seu trabalho e que isso depende das diferentes maiorias que possam resultar do voto de todos nós.

O que se está a passar no momento presente é um bom momento para pôr cobro ao descalabro dos anos de governação que antecederam a “Geringonça”, virar a página e abrir caminho à política com toda a nobreza que a deve inspirar, ou seja, a disputa democrática do poder na base de programas claros, que avancem soluções e propostas concretas e fundamentadas para os graves problemas que temos pela frente.

Não é aceitável que, uma vez no poder, haja partidos que votem contra as propostas que os levaram a alcançar esse mesmo poder assumindo mesmo, não poucas vezes, o contrário do prometido. São situações graves e inaceitáveis em democracia, próprias de vigaristas e não de gente séria, merecedoras de uma clara e inequívoca punição. Os eleitores têm uma palavra a dizer sobre isto. Os partidos não são clubes de futebol e as pessoas não devem agir como aqueles adeptos facciosos que fecham os olhos quando um dos seus rasteira ou agride o adversário, insultando os árbitros que assinalam justamente a falta, e, no minuto seguinte, aplaudindo a marcação de um penálti resultante de uma falta simulada se este é favorável aos seus.

E os média, em democracia, têm o dever de isenção e a obrigação de garantir o contraditório devendo a lei punir drasticamente quem assim não procede. A manipulação da informação, a falta de contraditório, o silenciamento de tudo o que fuja ao desejado pelos “donos disto tudo”, os “comentadores” encartados, sobretudo nas Televisões, Rádios e nos chamados jornais ditos de referência, constituem uma nódoa na democracia que devia levar à reflexão dos jornalistas e de quem aprova as leis de imprensa. Não é bom jornalista quem para progredir na carreira se torna subserviente e obrigado seja em relação ao poder económico seja em relação ao poder político.

Como não é aceitável que detentores do poder por um mandato de 4 anos aprovem compromissos que obrigam o Estado por dezenas de anos para além desse mandato na base de uma qualquer maioria simples e sem que tal tenha sido explicitamente assumido e discutido publicamente. É preciso acabar com este tipo de negócios obscuros e lesivos do interesse nacional.

A entrega da ANA à multinacional VINCI e as tentativas de imposição, contra tudo e contra todos, da construção de um novo aeroporto no Montijo é disto um bom exemplo.

A direita está em pânico. É natural. Retiradas as convenientes e estupidificantes rotulagens de “esquerda radical” aplicadas aos partidos à esquerda do PS, nada têm de bom a oferecer como alternativa à mais modesta das “Geringonças” como aquela que, contra todas as suas previsões, garantiu o afastamento da direita do governo, garantiu a estabilidade durante seis anos ao País e abriu perspectivas de soluções diferentes para o futuro só não indo mais longe porque o Governo e o Grupo Parlamentar do PS se recusaram a votar favoravelmente muitas das propostas avançadas nesse sentido na Assembleia da República preferindo juntar o seu voto aos partidos da direita para inviabilizar a sua aprovação.

Percebe-se que aqueles que não querem soluções de esquerda, que assegurem melhores salários e pensões de reforma, trabalho com direitos, reforço do serviço nacional de saúde universal, geral e gratuito, acesso a habitação condigna, ensino e cultura de qualidade e acessível a todos, defesa do ambiente e coesão territorial, justiça fiscal mais justa e solidária e que defendem os interesses dos “donos disto tudo” vociferem e procurem desacreditar a todo o custo a experiência da “Geringonça”. Que façam tudo para recuperar o PS para a política de direita que sempre caracterizou o “Bloco Central de Interesses”. Marcelo e a direita precisam do voto do PS para fazer a revisão da Constituição, forjar novas leis eleitorais e recuperar o que a “Geringonça” lhes tirou.

É importante que as Portuguesas e Portuguesas percebam bem o que está em jogo nas eleições de 30 de Janeiro. Percebam que não são apenas mais umas eleições, mas umas eleições de cujos resultados dependerá em grande parte o prosseguir em frente com uma política mais favorável a quem vive do seu trabalho ou o retorno às famigeradas políticas da Troyka. Transformar esta não necessidade de eleições numa oportunidade é o grande desafio que se coloca a todas e todos os que querem que isto mude para melhor.

E para que tal suceda é fundamental que o PS, mesmo que possa ter mais votos, não consiga a maioria absoluta, o que só é possível reforçando de forma clara a votação à sua esquerda e de forma clara e inequívoca com mais votos no PCP/CDU e a eleição de um maior número de deputados .

A grave situação do País exige não abstencionismos mas votos, mais votos, muitos mais votos, em quem cumpre e respeita os votos que lhe são confiados, nunca os usando contra quem lhe manifesta a sua confiança.

Burro é burro e galo é galo. Que ninguém se distraia e não haverá passe de mágica que os salve, pois o truque é velho e conhecido!

José Soeiro

7 de novembro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

REFLETIR E DECIDIR COM INTELIGÊNCIA INCOMODA MUITA GENTE …

A LEGISLAÇÃO LABORAL – a par do salário mínimo nacional e da necessidade de um maior e melhor investimento no serviço nacional de saúde, terá sido uma das razões da inviabilização do Orçamento do Estado para 2022.

Como se explica que, na vizinha Espanha, dando continuidade a pequenas reversões já efetuadas desde 2019, o governo do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e Unidas Podemos (coligação do Podemos com a Esquerda Unida, em que participa o Partido Comunista Espanhol) tenham acordado, no passado mês de Outubro, reverter alterações austeritárias à legislação laboral, aplicadas em 2012 por Mariano Rajoy, do Partido Popular como aconteceu em Portugal com o governo de triste memória presidido por Passos Coelho/PSD – CDS, e, em Portugal, o governo de António Costa e o PS, se tenham recusado e feito finca pé em não aceitar, idêntica reversão das leis laborais impostas pela troika, preferindo o chumbo do orçamento pelos partidos que exigiam idêntica reversão? Isto não merece uma explicação clara por parte do governo e do PS? Porque o PS segundo as declarações dos seus dirigentes estava convicto que Marcelo iria cumprir a ameaça e provocar eleições antecipadas.

O SALÁRIO MÍNIMO – o governo de António Costa e o PS apresentaram a proposta de 705 euros/mês fixando-se rigidamente nesta posição apesar das tentativas feitas pelo PCP no sentido de ultrapassar o impasse através da flexibilização da sua proposta inicial de 850 euros/mensais a partir do próximo mês de Janeiro. Isto quando na vizinha Espanha o salário mínimo já vai em 1125 euros/mês e, vale a pena lembrar, no corrente ano de 2021, em França já eram 1555 euros/mês, na Alemanha 1614, Bélgica 1626, Holanda 1685, Irlanda 1724 e Luxemburgo 2202. Os 850 euros mês, seriam mesmo tão excessivos para a nossa economia como procuram fazer crer ao ponto de preferir ir para eleições? É uma evidência que não pois hoje, já são muitas as situações em que o salário proposto pelo PS está ultrapassado. Invocar as pequenas e médias empresas não passa de uma velha e habilidosa forma de esconder que o salário mínimo baixo serve essencialmente os interesses dos grandes “donos disto tudo”.

O PAPÃO DA DIREITA – Há quem apostando no terrorismo político passe o tempo a invocar o papão da direita e da extrema direita para tentar criticar a decisão do PCP de votar contra o Orçamento do Estado para 2022, logo responsável por abrir as portas à direita e à extrema direita. É verdade que nos Açores o PSD, presidido por Rui Rio, não se coibiu de se aliar à extrema direita para conseguir satisfazer a sua desmedida ambição de poder. Mas não será esse mais um importante factor político para mostrar aos democratas que a direita não é de confiança em vez de apontar baterias contra o PCP? Ou alguém acredita que o PSD com Paulo Rangel abdicaria de entendimentos com o Chega, se disso dependesse para chegar ao governo? Só quem quer convencer-nos que um burro com umas penas não é um burro mas um grande galo Nessa magia apostaram Marcelo e os que com ele criaram a crise desnecessária e pela qual todos se esforçam por responsabilizar o PCP.

Não deixa aliás de ser curioso que Rangel, logo a seguir à reunião com o seu companheiro Marcelo, tire da cartola a mágica afirmação de que, com ele, o PSD nunca fará entendimentos com o seu ex-companheiro André Ventura nem com o PS. Com ele a maioria absoluta da direita está garantida. Tão genial afirmação terá sido da sua lavra ou mais um passe de mágica do principal artífice da crise? A quem serve objectiva e subjectivamente tão majestática tirada? Digam-nos lá em que País da Europa se dissolveu um Parlamento por causa do chumbo de um orçamento de estado? E já agora digam-nos lá em que País isso é possível sem um claro e veemente protesto do Partido no Governo…

Ou o burro com umas penas não só é um grande galo como até tem asas e consegue voar?

Toda a gente sabe que não é a pena na cabeça do burro que faz deste um pássaro. O que nem toda a gente parece saber é que, em política, há passarões que nos querem fazer passar por burros e burros passarões que pensam que nem penas é preciso meter no burro para nos convencer…

O provérbio popular diz que “É MAIS FÁCIL VER UM BURRO VOAR”…conseguirá a direita esse milagre de maioria absoluta, desasada como está?

Não deixa de ser curioso que Alegre apareça agora a dizer que o PS tanto deve olhar à sua esquerda como à sua direita… a ala direita agradece. Não sendo atitude que deva surpreender alguém, pois, Alegre sempre discursou à esquerda mas sempre apoiou as governações e os entendimentos do PS à sua direita, não achará que lhe fica mal desautorizar publicamente António Costa e os que no PS dizem defender entendimentos à esquerda e nunca à direita? Alegre que experimente a viver com 850 euros por mês… depois diga-nos se não lhe sobrou muito mês…

Entretanto, aguardemos para ver qual o próximo “golpe de asa” dos ousados passarões…

José Soeiro

8 de novembro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

Alguém que explique por favor… A sondagem/estudo de opinião do CESOP/Católica, publicado com muita oportunidade em cima do conselho nacional do PSD e do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, apresentava uns resultados que ainda não pararam de me intrigar.

Não tendo conhecimentos especiais sobre a matéria preciso que alguém me explique o seguinte:

Os dados “reais” apresentados e que serviram de base a esta coisa atribuíam ao PCP/CDU um valor de 3% das opiniões recolhidas, ao Chega e ao Iniciativa Liberal 2%.Como se explica que depois nas projecções destes dados o Chega e o Iniciativa Liberal aparecem com os mesmos 5% do PCP/CDU, colocando mesmo o Chega primeiro que o PCP/CDU ?

Cálculo matemático não é. Se o fosse,teríamos como resultado que, se a 2% na projecção correspondem 5%, aos 3% teriam que corresponder 7,5%…

José Soeiro

9 de novembro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

A. COSTA NA RP1 – 8.11.2021 – UMA ENTREVISTA ESCLARECEDORA E PREOCUPANTE

Afirmar que os Partidos não respeitaram os Portugueses porque o orçamento do seu governo não passou é no mínimo uma afirmação politicamente inadequada e desonesta a não ser que tivesse começado por assumir que o orçamento não passou porque o seu Partido acompanhou as suas teses de que nada mais era possível negociar com o PCP como ele próprio assumiu quando afirma que foi mesmo para além do razoável.

Se nada mais podia aceitar das propostas que lhe foram apresentadas, como repetidamente afirmou, então como explica e concilia isto com a sua contraditória afirmação de que o PCP devia ter deixado ir o orçamento para a discussão na especialidade, prosseguir as negociações e depois votar contra na votação final global? Se como afirmou não podia avançar mais nada para que servia então a discussão na especialidade? Porque das duas uma. Ou havia espaço para avançar mais alguma coisa, e tendo a garantia de Marcelo que dissolveria o Parlamento se o orçamento não passasse na generalidade, anunciava esses avanços no sentido de procurar a abstenção ou então a discussão na especialidade não passaria de uma perda de tempo e, isso sim, pode ser considerada, no mínimo, vontade de brincar e desrespeitar os interesses dos Portugueses.

Afirmar, em sintonia com Marcelo, que os Portugueses queriam que o orçamento passasse e que não desejavam uma crise política, são duas afirmações que importa distinguir e sobre as quais vale a pena refletir.

Quanto à ideia de que nada justificava a crise política penso que a posição dos Portugueses deve ser generalizada nesse sentido pois nunca um orçamento foi razão para a dissolução do Parlamento e eleições antecipadas, o que só comprova a artificialidade da crise. Já não me parece que esse acordo se verifique se perguntarem aos Portugueses se acompanham as razões invocadas por Marcelo e a postura intransigente do Governo e do PS, causa principal da crise, tendo em conta as matérias que levaram ao voto contra.

Defender Marcelo da forma empenhada como o fez, justificando as suas ingerências inaceitáveis no normal funcionamento da Assembleia da República, do Governo e dos partidos políticos, revela uma cumplicidade e uma evidente articulação na criação artificial e desnecessária da crise política, o que os Portugueses devem ter presente no momento de votar. O mesmo se aplica à forma passiva como aceita e justifica marcação das eleições para 30 de Janeiro apesar da proposta dos Partidos ser a data de 16 de Janeiro.

São conhecidas as ambições da direita de rever a Constituição, as leis eleitorais e persistir no boicote à regionalização. Marcelo, que nunca a cumpriu ou fez cumprir apenas é coerente com ele próprio. Ele sabe que no quadro actual nada disso é possível sem o acordo do PS com a direita. Nesse sentido a colagem de António Costa a Marcelo não pode deixar de ser preocupante.

Não me choca nem me surpreende que António Costa e o PS ambicionem a maioria absoluta em nome de uma qualquer “estabilidade governativa”. É para conquistar o poder e governar que existem os partidos políticos.

Tentar esconder essa desmedida ambição por detrás do papel de vítimas da intransigência do PCP e procurar responsabilizar este pelas suas opções é que, politicamente falando, nem é sério nem aceitável, e espero que os Portugueses não o esqueçam no momento de votar.

E não se distraiam a olhar para o céu para ver se andam burros a voar… com asas ou sem elas.

José Soeiro

10 de novembro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

AS SUBTIS MUDANÇAS NO DISCURSO DE PAULO RANGEL OU UM TROCA TINTAS BEM FALANTE

Entrou arrogante com a afirmação de que com ele o PSD iria ter maioria absoluta pelo que não haveria coligações pré-eleitorais …agora já diz que IRÁ PROPOR que não haja coligações, ou seja, JÁ AS ADMITE…

Afirmou categórico que com ele não haveria entendimentos nem com o seu ex-companheiro André Ventura do Chega, nem com o PS e muito menos com os Partidos “radicais de esquerda”… Agora já admite que se não obtiver a maioria absoluta “há os partidos A COMEÇAR PELO CDS-PP, PELA INICIATIVA LIBERAL, que são partidos com quem nós temos muito boas relações” . A COMEÇAR afirma ele deixando cair a categórica afirmação de que com o Chega nunca… E ainda não foi aos Açores onde o PSD, ávido de poder, não hesitou um segundo em levar o Chega para o governo regional…

Em relação ao PS já mudou igualmente o seu discurso. Agora afirma que não irá “sustentar governos do Partido Socialista” o que, trocado por miúdos significa duas coisas.

A primeira é a admissão que a sua tão badalada maioria absoluta, a tal dos 42 ou 43% que anunciou, não passou de um tiro de pólvora seca para animar as hostes e fazer esquecer que o pior resultado do PSD foi alcançado com ele à cabeça.

A segunda que não exclui entendimentos com o PS… apenas não sustentará governos do PS o que não passa de mais uma das suas tiradas bombásticas contra o seu adversário Rui Rio e para garantir destaque mediático.

Depois o argumento fatal: o voto no PS é “inútil porque agora não tem a geringonça e não vai ser capaz de refazer um acordo à esquerda”, o que objectivamente serve a estratégia do mágico de Belém, ou seja, procurar vender a ideia de que o País está condenado ou a uma maioria absoluta do PS ou o regresso ao velho “Bloco Central de Interesses” porque à esquerda não há soluções possíveis. E assim se tentam formatar as cabeças dos eleitores.

E se os eleitores não caírem nesta dicotomia e perceberem que só têm a ganhar com uma maior e mais pesada derrota da direita e um claro reforço dos Partidos à esquerda do PS, mantendo este numa situação de minoria? Ou isso não faz parte das possibilidades dos mentores da crise? Invocam a soberania do Povo mas pelos vistos essa soberania deve limitar-se à escolha entre o PS ou o PSD? E se o Povo decidir votar à esquerda do PS? Não é soberano para escolher livremente? Esses votos não devem ser tidos em conta na governação do País? Esses partidos estão proibidos de governar o País?

Paulo Rangel já recomeçou com a aldrabice dos candidatos a 1º Ministro. Faz de conta que a derrota sofrida na Assembleia da República pela AD de Passos Coelho e Paulo Portas, apesar de contar com Cavaco Silva na Presidência da República, não existiu no quadro do normal funcionamento das instituições. Também faz parte daqueles que nos querem convencer que um burro com umas penas é um galo e com asas até pode voar. Assim haja quem prefira olhar para o ar…

Para reflexão fica esta sua soberba frase: “Chegou a altura de vir alguém dizer com toda a clareza. É PRECISO REFORMAR PORTUGAL, é preciso criar riqueza. Não tenhamos medo das palavras, nós só podemos combater a pobreza, nos só podemos distribuir ALGUMA riqueza se a criarmos”.

Chama-se a isto uma tirada de estadista sem estado. Claro que os médias, comentadores e analistas propagam, comentam e analisam tudo isto como algo de novo e diferenciador, elevando o Paulão à condição de um novo Sebastião ou um Messias vindo directamente de Belém para salvar a moribunda pátria.

Não seria interessante saber que reformas propõe para Portugal? E já agora não poderá tão qualificado troca tintas dizer-nos o que representa o seu “alguma riqueza”? Porque “alguma riqueza”, até o Salazar distribuía e depois do 25 de Novembro de 1975, até à “Geringonça” e apesar dela, muito pouca foi a riqueza que foi distribuída por quem sempre a produziu, pois, a parte de leão sempre foi canalizada para “os donos disto tudo” por quem governa o País desde essa data.

É tempo de acabar com a política das esmolas. É tempo do poder político deixar de estar subordinado aos “donos disto tudo”, exercer as suas funções de acordo com a Constituição da República, garantir uma mais justa distribuição da riqueza produzida, que não é tão pouca como se procura fazer crer.

Um País assente em baixos salários e que aponta à sua juventude o caminho da emigração, como fez o “Cavaquismo/PSD” de triste memória, é um País sem futuro.

Parem com a treta da sustentabilidade da segurança social. Melhores salários significam mais receitas para a segurança social e, como há muito o PCP e a CGTP propõem, há outras formas de garantir o seu financiamento sem ser exclusivamente à custa das cotizações de quem trabalha.

Nos grandes grupos os “prejuízos” em tempo de crise medem-se pelos milhões de lucros que continuam a apresentar todos os anos, muitos deles obtidos pelo parasitismo do Estado. Estado que troca tintas como Paulo Rangel acham sempre grande demais quando se trata de garantir direitos essenciais para todos, como o direito à saúde, ao ensino, à habitação ou à cultura.

O estudo que anexo à publicação, da autoria do economista Eugénio Rosa, bem se poderia chamar o estudo da vergonha a que chegámos com as receitas neoliberais e liberais.

Haja vergonha! Dignifiquem-se os salários e as pensões de reforma!

COM ISSO GANHAM TODAS AS PORTUGUESAS E PORTUGUESES, GANHA PORTUGAL!

José Soeiro

26 de novembro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

Este é o Alentejo que sempre recusámos mas que políticos subservientes face ao liberalismo e neo-liberalismo ainda reinante na União Europeia têm vindo a impôr, condenando UM POVO-UMA CULTURA-UMA REGIÃO à morte lenta como tenho vindo a denunciar e que considero ser o “ALENTEJICÍDIO”.

Se é isto que querem então continuem a abster-se ou a votar no PS e no PSD… EU IREI VOTAR CDU!

https://www.publico.pt/2021/11/24/p3/fotogaleria/oil-dorado-retrato-alentejo-desfigurado-mono

Oil Dorado: o retrato de um Alentejo desfigurado pelas monoculturas intensivas

Ao longo de quatro anos, num Alentejo descaracterizado pelas monoculturas intensivas e superintensivas de olival e amendoal, o geógrafo e fotógrafo André Paxiuta desenvolveu o projecto Oil Dorado. “Hoje, a homogeneidade de culturas domina numa região que está, em mais de 70%, na mão de grupos estrangeiros. Sem respeito pela paisagem ou tradição dos locais, os custos para a região são imensos.”

José Soeiro

3 de dezembro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

CDU BEJA uma equipa para ganhar!!! Com a CONFIANÇA de quem aspira ao poder para servir… não para se servir!!!

José Soeiro

9 de dezembro de 2021  · Conteúdo partilhado com: Público

E que ninguém o esqueça: PS-PSD-CDS, assassinaram a “REFORMA AGRÁRIA – A Revolução no Alentejo” condenando o Alentejo à morte lenta, ao “Alentejicídio” em curso.

9 de dezembro de 2021  · “REFORMA AGRÁRIA – A REVOLUÇÃO NO ALENTEJO” 10.12.1974 – A PRIMEIRA OCUPAÇÃO

10 de Dezembro de 1974 é a data Histórica em que tem início uma das belas e importantes conquistas da Revolução de Abril, a “menina dos olhos da Revolução”, a “REFORMA AGRÁRIA – A Revolução no Alentejo”.

É A DATA DA PRIMEIRA OCUPAÇÃO DE TERRAS NO ALENTEJO APÓS O 25 DE ABRIL DE 1974. A resposta necessária que iria aplicar-se em toda a Zona do Latifúndio para travar as manobras contra a jovem democracia de Abril, que grandes agrários tentaram repetidamente pôr em causa.

O primeiro dos passos, porque outros se lhe seguiram, invocados por Álvaro Cunhal, no comício de encerramento da Conferência dos Trabalhadores Agrícolas do Sul, promovido pelo PCP, que teve lugar em Évora, a 9 de Fevereiro de 1975, quando afirma: “Vivemos um momento histórico nos campos do Sul. Pelas mãos dos trabalhadores, a Reforma Agrária deu os primeiros passos.”

A decisão de avançar para a ocupação da Herdade do Monte do Outeiro, freguesia de Santa Vitória, concelho de Beja, aprovada por unanimidade pela dezena de militantes do PCP, reunidos na noite de 9 de Dezembro de 1974, na Casa do Povo de Santa Vitória, foi determinante para, na manhã do dia seguinte, 10 de Dezembro de 1974, no Plenário com todos os Trabalhadores da Herdade, se avançar com a audaciosa e revolucionária proposta da Direcção do Sindicato dos Trabalhadores Agrícolas do Distrito de Beja, no sentido de se avançar para a ocupação e dar início aos trabalhos necessários à salvaguarda do processo produtivo.

Histórica decisão, porque sem a aprovação por unanimidade dos militantes do Partido, tal proposta não teria sido levada ao Plenário do dia seguinte onde mais uma vez se verificou a unanimidade. Assim havia ficado acordado na reunião realizada dois dias antes, 7.12.1974, entre os membros do Partido da Direcção do Sindicato (José Soeiro, Manuel Godinho e Francisco Batista) e os camaradas Edgar Correia e João Honrado, responsáveis pelo trabalho de Direcção do Partido no Distrito de Beja.

Pela primeira vez na sua já longa história militantes do PCP decidiam levar à prática a sua velha consigna: A TERRA A QUEM A TRABALHA!

Deste primeiro passo trata em pormenor e de forma documentada o Capítulo IV de “REFORMA AGRÁRIA – A Revolução no Alentejo”, para acesso ao qual basta clicar na ligação que se segue. https://amaralentejo.org/…/reforma-agraria-a-revolucao…/

José Soeiro

15 de dezembro de 2021 às 17:40  · Conteúdo partilhado com: Público

 REGIONALIZAÇÃO: BASTA DE PROPAGANDA !

COSTA E MARCELO discursando no 25º Congresso da Associação Nacional de Municípios, realizado nos dias 11 e 12.12.2021, em Aveiro, anunciaram ao País, com pompa e circunstância, como se de algo de novo ou de extraordinário se tratasse, que a Constituição da República, a cujo respeito e cabal cumprimento estão obrigados, mas não cumpriram, é para continuar a não ser cumprida nos próximos anos… pelo menos até 2025.

Para a gaveta, juntar-se ao “socialismo em liberdade” e ao “socialismo democrático”, foi o “Relatório da Comissão Independente para a Descentralização”, formada por acordo entre o PS e PSD, presidida pelo socialista João Cravinho, entregue ao Presidente da Assembleia da República a 31.7.2019, onde se considera que “nos últimos anos, o grau de centralismo das decisões públicas em Portugal acentuou-se de forma significativa”, levando a “elevados custos do ponto de vista da eficácia, eficiência e equidade das políticas e serviços aos cidadãos e empresas” e que apontava para a necessidade e urgência da regionalização.

A tudo isto se foi juntar igualmente a proposta do PCP, apresentada, a 9.12.2019, que, se aprovada, teria permitido avançar com o processo até ao final do corrente ano de 2021. Para o impedir se juntaram PS, PSD, CDS, PAN, Chega e Iniciativa Liberal… Uma das tais convergências ou alianças positivas com que António Costa e o seu PS nos foi brindando na Assembleia da República, sobretudo na última legislatura.

Com jeitinho, se os autarcas se portarem todos como meninos obedientes e bem comportados, aceitando, sem protestos, a imposição da transferência de competências sem os necessários recursos financeiros, incluindo algumas, como o ensino e a saúde, a que o estado centralista não tem querido dar a resposta adequada, para fugir aos indispensáveis investimentos que as mesmas exigem, tornando mais fácil a vida aos privados e infernizando a vida das portuguesas e portugueses, o Senhor Professor Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e o seu respeitoso aluno Dr. António Costa, Primeiro-Ministro, dizem-nos que poderemos contar com eles para, com a cumplicidade das Senhoras e Senhores Deputados que para isso se disponibilizarem, organizar um novo referendo sobre a criação e instituição das Regiões Administrativas do Continente lá para o ano de 2024...

É caso para dizer: Volta Manuela. Estás perdoada. Afinal tu só querias a suspensão da democracia por seis meses… A Constituição que a democracia consagra é violada há 45 anos… mas para Suas Excelências devemos ser pacientes e aguardar mais uns anos… depois logo se vê…

E se o Povo lhes trocasse as voltas e votasse coerentemente na força que mais tem lutado em defesa do Poder Local Democrático de Abril, logo em defesa das Regiões Administrativas do Continente, que dele são parte integrante desde 2 de Abril de 1976, e que PS e PSD boicotam desde então?

Essa força tem nome. Tem provas dadas. É de CONFIANÇA. OS VOTOS QUE LHE SÃO CONFIADOS NÃO SÃO TRAÍDOS.

DEFENDES A REGIONALIZAÇÃO E UMA VERDADEIRA DESCENTRALIZAÇÃO?

ENTÃO VOTA CDU!

https://amaralentejo.org/…/regionalizacao-basta-de…/

José Soeiro

26 de dezembro de 2021 às 06:17  · Conteúdo partilhado com: Público

Público

José Soeiro

31 de dezembro de 2021 às 17:31  · Conteúdo partilhado com: Público

“ Os problemas gravíssimos que afectam o País não resultam da natureza progressista da Constituição da República, da existência constitucional de um sector público na economia, da salvaguarda de direitos sociais fundamentais dos trabalhadores e das populações ou do modelo de representação, partilha e interdependência do poder institucional.

Bem pelo contrário, os problemas que temos são o resultado do incumprimento da Constituição.

É tempo de retomar e cumprir Abril, é tempo de respeitar, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República e não de pensar na sua subversão.

É tempo de fazer corresponder as políticas concretas às belas palavras que todos proferimos em momentos solenes como o presente.

É tempo de governar com o povo e para o povo, pois, só assim podemos dignificar e dar sentido à política. Só assim podemos credibilizar e prestigiar a Democracia que tem que ser política mas também económica, social, cultural e sobretudo participada. Só assim salvaguardaremos a nossa Soberania e a nossa independência nacional. Só assim seremos dignos do mandato que o povo nos confiou.

Viva o 25 de Abril

Viva Portugal” (intervenção PCP AR 25.4.2010)

Rui Rio/PSD já declarou a intenção de propor nova revisão da Constituição… António Costa/PS responde com um silêncio cúmplice…

Hoje, vésperas de um novo ano, as mesmas perguntas de sempre… até quando o Povo Português irá continuar a votar contra os seus interesses?… até quando o PS irá continuar a capitular perante a direita?… Até quando…???…

UMA CERTEZA TEMOS… vamos ter que continuar a lutar… lutar sempre… como há um século fazemos… sem desfalecimentos… com CONFIANÇA… pela LIBERDADE-DEMOCRACIA-SOCIALISMO… para servir o Povo que Trabalha e produz…

Que nenhum voto falte no próximo dia 30 de Janeiro de 2022. ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS FAZER DE 2022 UM ANO MELHOR… dar coerência política à luta… com a CDU – Coligação Democrática Unitária… a força que está sempre ao nosso lado…

José Soeiro partilhou uma publicação.

10 de janeiro às 15:09  · Como refletir ainda não paga imposto e há mais vida para além do “covid” aqui fica para reflexão o comentário do Professor Manuel Tão e a pergunta repetidamente colocada e sem resposta: porque razão fogem os decisores políticos a um estudo sério e estratégico que envolva os 4 aeroportos – Lisboa-Porto-Faro-Beja – existentes no Continente, a electrificação e modernização da rede ferroviária (com destaque para a Linha do Alentejo, e a 3ª travessia do Tejo (lisboa-Barreiro)?…

Visitem a página www.amalentejo.pt e vejam os muitos estudos e propostas avançadas sobre o assunto… Deles resulta clara uma conclusão: Montijo, defendido por PS e PSD não é solução…Porque não darmos volta a isto no próximo dia 30 de Janeiro, antes que seja demasiado tarde?!…

Manuel Tão

8 de janeiro às 02:29  · Não sei até que ponto ter deixado cair a TAP, formando uma operadora sucedânea a partir do zero seria boa ideia. A dependência de várias empresas fornecedoras seria duramente afetada. A solução adotada foi má. Mas a alternativa seria igualmente má. Quanto a um novo aeroporto, nunca escondi que o ideal seria manter a Portela inserida numa Rede de Aeroportos existentes complementares, com Monte Real a Norte, acessível em 35 minutos pelo TGV Lisboa-Porto a partir da Gare do Oriente, e Beja, Sul, acessível em 75 a partir de Sete Rios em Velocidade Elevada, prolongando-se para o Algarve numa isocrona idêntica. Mas isso tem um grave defeito num país como Portugal: implica Investimento Ferroviário, colocando em causa o Governo Oficioso do país, ou seja, o monopólio das auto-estradas e PPPs rodoviárias, protegidas pelas direções dos partidos políticos…



José Soeiro

11 de janeiro às 09:47  · Conteúdo partilhado com: Público

Assim vai a social democracia em Portugal:

Rui Rio/PSD é católico mas não é crente…

António Costa/PS diz-se socialista mas prefere-o na gaveta…

PS e PSD são Governo há 46 anos num constante ora governas tu ora governo eu… sempre na disputa de ver quem melhor aplica a cartilha neoliberal predominante na europa, ao serviço de muito poucos, cada vez mais ricos, em prejuízo da esmagadora maioria, cada vez mais pobre…

tudo com a conivência de uma comunicação social subserviente que nos brinda diariamente com verdadeiras lavagens ao cérebro no sentido de nos convencer que os resultados eleitorais não podem ser diferentes daqueles que estes querem…

E se dia 30 lhes mostrassemos que a Constituição da República é para cumprir e não para rever?

Como?

Reforçando a votação em quem a defende e cumpre o que promete…

José Soeiro

Ontem às 10:22  · Conteúdo partilhado com: Público

Ao Jerónimo os votos de rápida e boa recuperação.

Ao João Ferreira e ao João Oliveira confiança, muita confiança, e os votos do maior sucesso no cumprimento da inesperada tarefa que lhes foi confiada.

À CDU o empenho de todos nós para que nenhum voto falte à chamada no próximo dia 30 de Janeiro…

OS TRABALHADORES, PORTUGAL, PRECISAM DE UMA CDU MAIS FORTE!

José Soeiro

17Janeiro2022 59 min  · Conteúdo partilhado com: Público

Acabo de ouvir António Filipe, Deputado e Candidato do PCP pelo círculo eleitoral de Santarém, na RTP3.

Ouvir António Filipe é ouvir a voz serena e segura dos que têm na sua intervenção política a coerência entre as palavras e os actos.

Dos que apostam, com confiança, na força da razão das propostas indispensáveis para melhorar as condições de quem vive do seu trabalho, defendendo-as com determinação em todas as circunstâncias.

A voz dos que têm sempre presente os interesses do Povo e do País.

A voz dos que estão sempre ao nosso lado.

A voz dos homens e mulheres, democratas, candidatos e candidatas da CDU, a força necessária para garantir uma política de esquerda.

A voz de Homens e Mulheres a quem podemos confiar o nosso voto com a garantia que o seu sentido nunca será traído.

São candidatos e candidatas pela CDU e a CDU é de CONFIANÇA!

José Soeiro

18.1.2022 3 h  · Conteúdo partilhado com: Público

A DESMEDIDA AMBIÇÃO DO PS PELO PODER ABSOLUTO, ou a verdadeira razão de uma crise desnecessária…

Perguntava António Costa a Jerónimo de Sousa se alguém poderia acreditar que pudesse haver um Primeiro Ministro na Europa capaz de provocar uma crise política em plena pandemia…

A minha resposta é SIM!

E com a descarada cumplicidade de um Presidente da República, amante do Bloco Central, perito em comentários políticos e conspirações contra a Constituição de Abril, cuja ambição de influenciar a governação do País a partir de Belém não pode ser mais descarada.

Depois de andar a tentar passar a culpa da crise para os que lhe abriram as portas da governação, escamoteando o facto do seu Governo nunca ter respeitado e cumprido o que acordava no quadro da “Geringonça” para conseguir a viabilidade dos seus orçamentos, o PS de António Costa já não esconde a sua ambição pelo poder absoluto.

NO DEBATE DE ONTEM CONFESSOU FINALMENTE A SUA DESMEDIDA AMBIÇÃO DE ALCANÇAR A MAIORIA ABSOLUTA.

Não me choca que os Partidos ambicionem maiorias absolutas mas, como diz o ditado, “gato escaldado da água fria tem medo” e AS MAIORIAS ABSOLUTAS, DO PS E PSD, MAIORIAS ABSOLUTAS DE TRISTE MEMÓRIA, COMO MUITO BEM LEMBROU JOÃO OLIVEIRA/PCP, FORAM UM DESASTRE PARA O PAÍSsobretudo para quem vive do seu trabalho…

Quer contribuir para evitar o regresso do Bloco Central de Interesses e as consequentes e ruinosas governações clientelares que sempre o caracterizaram?

Então não se abstenha… vote… dê mais força a quem sempre lhe deu combate nos últimos 46 anos…

VOTE CDU

José Soeiro

19.1.2022 17 min  · Conteúdo partilhado com: Público

A ambição pelo poder é natural em qualquer partido… é para isso que se constituem, elaboram programas e se apresentam perante os cidadãos…

A questão é se vale tudo para atingir esse poder e, sobretudo, se, uma vez alcançado o mesmo, é legítimo e aceitável que um partido faça o contrário do que andou a prometer e consta no seu programa…

PS e PSD, que governam alternadamente o País, com ou sem CDS, desde 1976, há 46 anos portanto, são useiros e vezeiros na prática de fazer o contrário do que prometem…

O que é triste é verificar que, em breve 48 anos depois de Abril de 1974, 50% dos eleitores se demitem das suas responsabilidades e não vão votar…

São capazes de andar 4 anos a resmungar, a dizer mal dos políticos e dos partidos como se todos fossem iguais. São capazes de protestar, e bem, em defesa de questões essenciais como a saúde, o trabalho com direitos ou a melhoria das suas condições de vida. Mas quando têm a oportunidade de escolher quem propõe políticas alternativas não o fazem. Baixam os braços, acham que de nada serve votar com o falso pretexto que fazem todos o mesmo, e assim, justificar o seu inaceitável e condenável abstencionismo.

Deixam de votar porque se consideram enganados por aqueles em que votaram, mas não têm a coragem de mudar e confiar o seu voto aos que apresentam programas diferentes e alternativos. Pior ainda. Manifestam-se por vezes no sentido de levar outros a deixar de votar e se abstenham.

Será que quando compram sapatos apertados preferem dar cabo dos pés por vergonha de assumir que se enganaram e trocá-los por outros?

Outros, fruto da constante manipulação dos grandes meios de comunicação social, deixam de votar porque acham que não vale a pena, pois, os partidos com os quais simpatizam não têm, segundo os médias e as sondagens hipóteses de ganhar, não compreendendo que ao absterem-se apenas contribuem para facilitar a vida aos que gostariam de ver derrotados permitindo-lhes ganhar mesmo que cada vez com menos votos.

Não perceberão os abstencionistas que a sua abstenção os responsabiliza pelos resultados obtidos pelos que votam, e que são os primeiros responsáveis por aquilo que criticam, mas nada fazem para que possa mudar?

Afinal, quem ganha com a sua abstenção? Não são justamente aqueles que ardilosamente tudo fazem para desacreditar a política e gerar precisamente a falsa ideia que os partidos são todos iguais, para desmobilizar e provocar a abstenção, para que nada mude?

Queremos melhores salários e reformas, melhores serviços de saúde, melhor ensino, melhores condições de habitação, melhores transportes, mais cultura… e depois abstemo-nos de votar facilitando a vitória precisamente dos que, privilegiando muito poucos, condenam a maioria do Povo à privação de direitos fundamentais que consagraram na Constituição da República mas que não cumprem?!…

PS e PSD não são de confiança… Muito menos com maiorias absolutas. Provam-no os 46 anos de ora governo eu ora governas tu. Isto tem sido possível porque são cada vez mais os que, condenando a política de direita destes partidos, foram deixando de votar sendo hoje a abstenção superior a 50%.

A desmedida ambição pelo poder do PS/António Costa provocou, com a cumplicidade do Presidente da República, estratega da direita, uma crise desnecessária, pela qual procura responsabilizar particularmente o PCP, para tentar obter o poder absoluto… e o PSD/Rui Rio, cuja desmedida ambição de poder não é menor, mostra como para lá chegar não hesitaria em entendimentos com a extrema direita fascizante a exemplo do que já fez nos Açores…

Está nas mãos dos abstencionistas dizer basta a esta nova farsa do Bloco Central de Interesses… cuja vontade de rever a Constituição e as leis eleitorais por forma a consolidar o seu poder não está afastada, numa clara cedência à extrema direita que assume claramente a sua vontade de substituir o regime democrático de Abril por outro mais favorável às ambições do grande capital.

É preciso votar e dar no voto coerência e força à luta… votar nos que estão sempre ao nosso lado, todos os dias, e não apenas em vésperas de eleições…

É de mais CDU que o País precisa para mudar para melhor e não de perigosas maiorias absolutas…

José Soeiro

21.1.2022 12 min  · Conteúdo partilhado com: Público

PODE-SE CONFIAR NO PS? QUEM MELHOR QUE MÁRIO SOARES PARA NOS DAR A RESPOSTA? OUÇAMO-LO…

“nós que somos socialistas, nós que formamos um Governo socialista, não imporemos as soluções socialistas pelo facto consumado e contra a vontade do povo português. Para nós, o socialismo terá de ser, é e será uma opção livre e consciente do povo português no seu conjunto.

Aplausos dos Deputados do PS, PPD e CDS.

(…) nós entendemos dever CONSOLIDAR, DESENVOLVER E EXPANDIR AQUILO QUE CONSIDERAMOS AS GRANDES CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO... AS GRANDES REFORMAS (…) SÃO AS NACIONALIZAÇÕES, A REFORMA AGRÁRIA, A NOVA LEGISLAÇÃO DO TRABALHO, O CONTRÔLE OPERÁRIO, REFORMAS E CONQUISTAS QUE O GOVERNO CONSIDERA IRREVERSÍVEIS porque, a nosso ver, foram consagradas por três votos populares consecutivos(…) Quer isto dizer, Srs. Deputados, que não deve haver ilusões acerca deste ponto: NÓS NÃO ACEITAREMOS A RECUPERAÇÃO CAPITALISTA. NÃO CAMINHAREMOS NESSE SENTIDO.(…)

(…) PODE-SE ADMITIR, POR EXEMPLO, QUE SE VAI VOLTAR A CRIAR INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO OU BANCOS DE NATUREZA PRIVADA? A essa pergunta, naturalmente O GOVERNO SOCIALISTA RESPONDE NÃO. Nós consideramos que as nacionalizações e a política de nacionalizações são irreversíveis.

(…)É intenção do Governo concretizar os planos de rega do Vouga, do Alentejo, do Nordeste Transmontano, da Cova da Beira, da Rocha da Galé, de Crestuma, do Alqueva, do Lindoso e outros.

E na resposta aos diferentes Grupos Parlamentares:

“(…) foram feitas muitas perguntas de natureza política, perguntas de fundo relativamente ao próprio programa do Governo. Passo, pois, à análise das perguntas que começaram por ser feitas pelo Secretário-Geral do PPD, Dr. Sá Carneiro. (…) Dissemos que NÃO FAZÍAMOS ALIANÇAS NEM COM O PPD OU O CDS NEM COM O PCP E QUE ENTENDÍAMOS QUE A ÚNICA ALTERNATIVA DE ESQUERDA PARA ESTE PAÍS ERA UM GOVERNO SOMENTE DE SOCIALISTAS COM INDEPENDENTES.

Quanto ao problema da melhoria das pensões de reforma, da melhoria de vida das populações rurais, é evidente que essa é a intenção do Governo. (…) o Partido Socialista, e portanto o GOVERNO SOCIALISTA, É UM GOVERNO QUE DESEJA DESCENTRALIZAR EFECTIVAMENTE. (…) A evolução está delineada na Constituição, foi referida no programa e no discurso que fiz, parece-me que com uma clareza total. A META É O SOCIALISMO, CAMINHAMOS PARA ESSA META COM PASSOS IRREVERSÍVEIS, mas esse caminho é feito no respeito da soberania e da vontade popular.(…)

O PARTIDO SOCIALISTA, e portanto, o governo socialista, TEM SEMPRE DEFENDIDO O PRINCÍPIO DE UNIDADE DOS TRABALHADORES E DA UNIDADE SINDICAL E O PRINCÍPIO DE EXISTÊNCIA DE UMA CENTRAL SINDICAL ÚNICA, DEMOCRÁTICA E INDEPENDENTE. o Partido Comunista pergunta se nós encaramos fazer ALGUMAS DESNACIONALIZAÇÕES. DIREMOS QUE NÃO: NÃO ESTÃO PREVISTAS DESNACIONALIZAÇÕES. E ainda se nós estamos na INTENÇÃO DE CRIAR AO LADO DA BANCA ESTATIZADA EMPRESAS PRIVADAS DO TIPO BANCÁRIO, AO QUE RESPONDEMOS, UMA VEZ MAIS, QUE NÃO ESTAMOS NESSA DISPOSIÇÃO. Pergunta igualmente se o Governo prevê a PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL PRIVADO EM SECTORES NACIONALIZADOS. RESPONDEREMOS, AÍ COM MUITA CLAREZA, QUE NÃO PREVEMOS ESSA PARTICIPAÇÃO. E pergunta ainda se permitiremos a entrega a entidades privadas da gestão das empresas nacionalizadas ou onde haja intervenção do Estado. “…” empresas nacionalizadas com gestão privada, que não admitimos …Pergunta ainda o Partido Comunista se a LEI DA REFORMA AGRÁRIA SERÁ APLICADA EM TODA A ZONA DE INTERVENÇÃO E O GOVERNO RESPONDE FRONTALMENTE QUE SIM. (…) Quanto aos trabalhadores de empresas em autogestão e se nós renovaremos as credenciais aos trabalhadores, diremos que sim, …” (do discurso de Mário Soares/PS – 1º Governo Constitucional Julho1976)…

…16 MESES DEPOIS…

PS COM 107+PCP COM 40 SOMAVAM 147 DOS 263 DEPUTADOS ELEITOS, CONTRA PPD/PSD 73 + CDS/PP 42 NUM TOTAL DE 115 DEPUTADOS… A RESPOSTA DE MÁRIO SOARES?… confrontado com a resistência popular à sua política… virar à esquerda?… A 23 DE JANEIRO DE 1978 É COM O CDS QUE FORMA NOVO GOVERNO… CDS NO QUAL SE ABRIGAVA O FUNDAMENTAL DA EXTREMA DIREITA E SAUDOSISTAS DO FASCISMO, BOMBISTAS E AFINS…

A HISTÓRIA DOS ÚLTIMOS 48 ANOS ENSINA-NOS MUITO… assim se queira aprender...

ABSTENÇÃO?

NÃO, OBRIGADO!

José Soeiro

24 de janeiro às 10:49  · Conteúdo partilhado com: Público

PS E PSD PROMETEM MUITO… MAS…

HÁ SEMPRE UM MAS…

...NA HORA DA VERDADE VOTARAM CONTRA OS AUMENTOS DE SALÁRIOS PROPOSTOS PELO PCP…

MAIS COMENTÁRIOS PARA QUÊ?!!!

AGORA O IMPORTANTE É VOTAR PARA QUE ISTO MUDE E PARA ISSO É PRECISO DAR MAIS FORÇA À CDU!

José Soeiro atualizou a sua foto de capa.

26.1.2022 20 h  · 

José Soeiro

27.1.2022 4 h  · Conteúdo partilhado com: Público

Não são todos iguais, não… uns lutaram pela liberdade contra o fascismo… outros querem-no de volta. Uns lutam e propõem melhores salários e reformas… outros votam contra. Uns defendem o serviço nacional de saúde universal, geral e gratuito… outros defendem a saúde como um negócio. Uns defendem o poder local de Abril e a Regionalização… outros fazem de conta e não respeitam a Constituição. Uns estão com o Povo trabalhador… outros com os donos disto tudo. É assim há 46 anos com sucessivos governos do PSD e do PS com ou sem CDS…

José Soeiro

28.1.2022 3 min  · Conteúdo partilhado com: Público

É tempo de mudar para melhor…

É tempo de votar, não de abstenções…

É tempo de dar força à CDU!…

Foi assim ontem em Lisboa…

José Soeiro

29.1.2022 1 h  · Conteúdo partilhado com: Público

José Soeiro

30.1.2022 11 min  · Conteúdo partilhado com: Público

Percebo mas não posso deixar de responder… à publicação de Jacks Barbio na página “Amigos Amalentejo”… gosto muito de formigas mas a abelha já tem dono há muitos anos e… uma Abelha é uma Abelha e uma formiga é uma formiga…