“O ALENTEJO, PORTUGAL, precisam de uma Reforma Agrária”

A “REFORMA AGRÁRIA – A Revolução no Alentejo” e Sul do Ribatejo foi assassinada.

Assassinaram a “Revolução”, não o ideal que a inspirou.

Os ideais, quando justos, só necessitam de esclarecimento persistente e de tempo para se afirmar.

Por uma “Reforma Agrária”, embora muitos pareçam ignorá-lo, nunca deixou de se lutar, como procurarei esclarecer com a publicação de alguma documentação e com as “Notas e Reflexões” que constituem “O Alentejo, Portugal – precisam de uma Reforma Agrária”...

Nas novas condições, com novos protagonistas, no respeito e cumprimento da Constituição, por iniciativa das instituições representativas do Estado… por iniciativa do Povo, se as condições assim o determinarem, porque não há horas, nem calendário preciso, para que as Revoluções aconteçam…

Como não há Revoluções sem participação efectiva do Povo…

Uma REFORMA AGRÁRIA – “É UMA NECESSIDADE PARA O NOSSO TEMPO”. Basta olhar o Alentejo de hoje para se compreender essa necessidade. Unifiquemos, pois, pacientemente, com confiança, sem impaciências nem precipitações, cada gota do justo descontentamento de Todas e Todos os que são vítimas da situação actual, por forma a que este se transforme no caudal turbulento que nada nem ninguém poderá travar…

As Revoluções não se decretam e sem participação do Povo não há Revolução. Mas um Povo revoltado não é sinónimo de Revolução. Revolução requer, entre outras condições, objectivos claros e precisos, um Programa Político.

Que melhor Programa Político que retomar o caminho de Abril como propõe o Partido Comunista Português?

MARINALEDA – UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL… COM OS TRABALHADORES!

Ver vídeo sobre Marinaleda https://www.youtube.com/watch?v=ir88gKa_zmU

Como Marileda podiam ser hoje todas as freguesias onde se constituíram as Unidades Colectivas de Produção Agrícola, as UCP.s, essa extraordinária criação que diferenciou a Reforma Agrária Portuguesa de todas as que no mundo a antecederam. A “Revolução Agrária”, cujos princípios socialistas estão plasmados na acta de constituição da primeira delas, a Vanguarda do Alentejo, constituída a 17 de Outubro de 1975…

Marinaleda nasceria alguns anos depois… no final dos anos 70… um Oásis, no deserto capitalista… ao seu nascimento não terá sido alheia a Revolução Alentejana…

Foram centenas de Mariledas que sucessivos governos do PS, PSD e CDS assassinaram em Portugal entre 1976 e 1991… traindo Abril, castrando a Democracia Avançada plasmada na Constituição da República a 2 de Abril de 1976, abrindo portas ao “Alentejicídio” que prossegue no Alentejo… condenando à morte lenta de UM POVO-UMA CULTURA-UMA REGIÃO…

Uma morte lenta a que não é alheia a ausência da Regionalização democraticamente eleita pelo Povo…

É TENDO PRESENTE ESSE PASSADO QUE FOI FUTURO, tendo presente exemplos como o de Marileda, que se pode afirmar “O ALENTEJO, PORTUGALPRECISAM DE UMA REFORMA AGRÁRIA”, uma necessidade para o nosso tempo… porque a terra e a água são bens estratégicos, fundamentais à sobrevivência do ser Humano cuja gestão requer cautelas especiais. A terra é única e a água é escassa e preciosa. Devem ser factores de desenvolvimento económico, social, cultural e ambiental, ao serviço das Comunidades Rurais que sobre ela devem ter poder de decisão e não ser um mero factor de produção economicista, que degrada a qualidade de vida de quem nela reside, sacrificando e expulsando as pessoas do seu habitat natural, e cuja exploração desenfreada conduzirá inevitavelmente ao desastre ecológico, à desertificação física e humana da região.

Portugal precisa de um Alentejo de progresso e bem estar, rejuvenescido e liberto da gula predadora das grandes multinacionais do agro-negócio, um Alentejo ao serviço do Povo Português, da sua soberania agro-alimentar e da sua Independência Nacional ameaçadas…

SIM!

O ALENTEJO, PORTUGAL

PRECISAM DE UMA REFORMA AGRÁRIA!

DAR MAIS FORÇA AO PCP

VOTAR CDU, É O CAMINHO!

Para ouvir e refletir…

um importante contributo do MST Brasileiro para a reflexão necessária sobre a Reforma Agrária necessária… necessidade do nosso tempo…