
1º CONGRESSO AMALENTEJO – 2016 – GRÂNDOLA
MAIS PODER LOCAL – MAIS DEMOCRACIA – MELHOR ALENTEJO
O Movimento AMAlentejo e a sua ampla Comissão Promotora, cuja apresentação decorreu na Casa do Alentejo, a 7 de Maio de 2015, apresentação ostensivamente silenciada pela comunicação social nacional, foi a pedrada no charco que pôs fim ao deliberado marasmo que se seguiu ao “14º Congresso Alentejo XXI – Semeando novos rumos!” que tivera lugar em Beja, em Junho de 2008, sob o lema “Caminhos do Futuro”.
Com uma Comissão Promotora constituída por algumas dezenas de democratas de todos os quadrantes políticos, que não deixava espaço a especulações quanto à sua pluralidade e representatividade de todo o Alentejo, a Comissão Promotora de AMAlentejo, apresentada publicamente a 7 de Maio de 2015, só não foi mais ampla porque alguns “estados maiores” partidários, ao serem informados das diligências que vinham sendo desenvolvidas desde Fevereiro de 2015, no sentido da sua constituição, começaram no imediato a desenvolver diligências e a fazer pressão junto de algumas das pessoas convidadas no sentido de contrariar a sua adesão.
Mais uma vez, o culto da partidarite clubista, do sectarismo irracional e do anti-comunismo primário se manifestava procurando, por todos os meios, dificultar a acção e afirmação do Movimento AMAlentejo, apesar de todos os Partidos saberem como nasceu AMAlentejo e que não se tratava de qualquer movimento anti-partidos, pró qualquer partido em especial e muito menos um embrião de qualquer novo partido.
Tal não impediu que AMAlentejo, pelo simples facto de ter na sua Comissão Dinamizadora comunistas, fosse de imediato catalogado e tratado como se de um movimento do PCP se tratasse, a este obedecesse ou à defesa do seu programa se limitasse. Como tal silenciado. Mentiras, deturpações, intriga, pressões, sobre elementos da Comissão Promotora, foi um vale tudo constante, para desacreditar e tentar impedir a afirmação de AMAlentejo.
É verdade que AMAlentejo sempre tomou partido. Os seus promotores nunca o esconderam. Pelo contrário, sempre proclamaram que tomavam PARTIDO PELO DESENVOLVIMENTO DO ALENTEJO EM TODAS AS SUAS VERTENTES – ECONÓMICA, SOCIAL, CULTURAL E AMBIENTAL – E PELA DEFESA, VALORIZAÇÃO E APROFUNDAMENTO DO PODER LOCAL DEMOCRÁTICO DE ABRIL, INCLUINDO NESTE AS REGIÕES ADMINISTRATIVAS CONSAGRADAS POR UNANIMIDADE NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA.
Mas, afinal, não foram e continuam a ser estas as bandeiras com que nos brindam todos os Partidos em vésperas de eleições?
Pobre Democracia que, 45 anos depois de plasmada na Constituição da República, tão baixo desceu que ainda não aceita como natural e bem-vinda a iniciativa cidadã participativa, como se a política fosse reserva exclusiva de “estados maiores” partidários e só com autorização destes a participação cidadã fosse possível.
Veja-se a composição da Comissão Promotora de AMAlentejo, junte-se-lhe o princípio de só serem assumidas como posições de AMAlentejo as aprovadas por unanimidade ou consenso da mesma e não será difícil perceber que o que sempre preocupou os “estados maiores” do PS e do PSD, mais que a presença de comunistas, é essa extraordinária capacidade dos Alentejanos e Alentejanas de se sentarem à volta de uma mesa e, no respeito pelas diferenças e divergências que possam ter, serem capazes de encontrar pontos de convergência e construir a unidade necessária para obrigar o Estado centralista e totalitário a abrir mão do poder regional usurpado ao Poder Local desde 1976, à revelia da Constituição, pelo “Bloco Central de Interesses”, e ter que assumir o que à partida não lhes pretende conceder, designadamente poder de decisão sobre o seu território, de forma a rasgar os “Caminhos do Futuro” que sempre ambicionaram percorrer.
O deliberado silenciamento não impediu que AMAlentejo e a sua Comissão Promotora prosseguisse, em unidade, a sua actividade.
A realização do 1º Congresso AMAlentejo em Tróia, concelho de Grândola, a 2 de Abril de 2016, inserido nas comemorações do 40 aniversário da aprovação da Constituição da República Portuguesa, com a participação de 478 congressistas de todos os quadrantes políticos e de todo o Alentejo, constituiu uma lição de civismo e de afirmação cidadã, mais um importante testemunho da maturidade do Povo Alentejano, do seu apego à Liberdade, à Democracia Participativa, ao Portugal de Abril.
Claro que também dele e das suas importantes conclusões nada se viu ou ouviu falar.
A comunicação social nacional, a pública e a privada, obediente e servil ao “Bloco Central de Interesses”, voltou a primar pela sua ausência. O exercício e afirmação democrática da cidadania é algo de nocivo que importa não divulgar. A tão baixo desceram os decisores deste País.
A Direcção Nacional do PS fez-se representar à última da hora por uma simpática mas desconhecida jovem de Vendas Novas e a Direcção Nacional do PSD não se fez pura e simplesmente representar. Idêntica atitude tiveram as principais entidades representativas do Estado – Presidência da República, Assembleia da República e Governo – que, significativamente, pouco tempo depois, andariam num descarado braço dado com o “movimento toca e foge” a cantar loas sobre o interior do País, avançando promessas e assumindo compromissos que, como hoje é evidente, mais uma vez não cumpriram.
O projecto da “Declaração de Tróia” consensualizado na Comissão Promotora de AMAlentejo, que havia sido enviado no dia 31 de março de 2016 a todos os Congressistas inscritos e que viria a ser aprovado sem votos contra e apenas com duas abstenções dos 478 participantes, não foi decerto alheio a tudo isto.
A “Declaração de Tróia” reivindicava a Regionalização e apontava a solução inovadora da criação da Comunidade Regional do Alentejo como forma de tornear, com respeito pela Constituição, o armadilhado referendo à mesma, acordado por António Guterres e Marcelo Rebelo de Sousa. Por outro lado, apontava o retomar dos Congressos sobre o Alentejo, no respeito dos princípios acordados em Montemor, ainda que denominados como Congressos AMAlentejo.
A brochura sobre AMAlentejo que tem toda a documentação relacionada com AMAlentejo e as imagens do 1º Congresso AMAlentejo anexas à presente publicação falam por si. Se outro mérito não tivessem, consagram um testemunho indesmentível sobre a forma como, pelo silêncio, se pode manipular a opinião pública em Portugal. Um triste exemplo e um testemunho da pobreza a que chegou a Democracia em Portugal.
Para ter acesso à brochura e às imagens basta clicar na imagem anexa.



