A verdade e a falsificação da História – orientações perigosas

O documento “PONTOS ESSENCIAIS PARA O AVANÇO DAS UNIDADES”, (leia-se UCP.s) que em seguida se publica é um documento produzido pela Direcção do Sindicato dos Trabalhadores Agrícolas do Distrito de Beja, a 28.6.1976, destinado a servir de orientação aos Delegados Sindicais na sua relação com as UCPs e com os trabalhadores das mesmas.

Precursor de “ALGUMAS NOTAS DE ORIENTAÇÃO PARA O TRABALHO DAS UCP(s) COOPERATIVAS AGRÍCOLAS”, editado pelos Secretariados das UCP.s em Fevereiro de 1977, que se publica no ponto seguinte, este documento inédito para muitos, é elucidativo, quanto às orientações que eram defendidas pelo Sindicato: Realizar Plenários/Assembleias regulares e discutir os problemas com todos os trabalhadores, eleger por voto secreto e com o voto de todos os trabalhadores os dirigentes da UCP… PERIGOSAS ORIENTAÇÕES segundo os inimigos da “REFORMA AGRÁRIAA Revolução no Alentejo” e defensores da “CONTRA REFORMA AGRÁRIATerror, Destruição e Morte no Alentejo” e Sul do Ribatejo.

Pela sua leitura não será difícil perceber a malvadez e falsidade dos que, incapazes de esconder o seu ódio à Reforma Agrária, e conscientes do sério obstáculo que tinham nos Sindicatos às suas pretensões contra revolucionárias, procuravam, por todos os meios, virar os trabalhadores contra os Sindicatos acusando-os de pretenderem ser os novos patrões e controlar a vida das UCP.s. Mentirosos sem vergonha. Nunca será demais denunciar-vos e às vossas torpes manobras.

Como se trata de documentos e eles falam por si, sublinharia apenas,, porque particularmente relevante, o ponto referente a posição clara da abertura do Sindicato em relação às diferentes e livres opções que eram colocadas aos trabalhadores quanto ao quererem ou não ficar a trabalhar na UCP.

Claro que o comandante do “Exército de Ocupação e Opressão”, General Passos Esmeriz, especialista comprovado na guerra colonial e spinolista convicto, não deixaria de encontrar em todas estas orientações manobras de diversão do perigoso e maquiavélico adversário , a força dominante na região, que segundo os seus sucessivos mandantes – Mário Soares, Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Mota Pinto… – preparavam secretamente o assalto ao poder da República com vista à implantação da sua feroz ditadura de que era exemplo o que se estava já a passar no Alentejo.

Claro que Barreto e Portas queriam dar uma Herdade de 200 hectares a cada trabalhador… aliás já tinham preparada a expropriação da vizinha Andaluzia para garantir a sua reforma agrária da abundância… O que o Sindicato propunha era a divisão da miséria e não da riqueza que estava logo ali ao virar da esquina com as “Cooperativas Livres do Baixo Alentejo – COLBA” que os trabalhadores só por ameaça dos comunistas é que não abraçavam de alma e coração… ou então nas UECT forma superior e muito intelectual de apelidar as herdades do Estado… nada de confusões com a estatização comunista que ocupava já todo o Alentejo e que era preciso destruir com urgência, pois, era a liberdade e a democracia que estava em jogo no País…

CRIMINOSOS SEM ESCRÚPULOS. A HISTÓRIA OS JULGARÁ.